Defensores da floresta metropolitana de Moscou arbitrariamente presos

Khimki – território sem lei. Os defensores da floresta Khimki arbitrariamente detidos em uma parada de ônibus

Em Khimki, ao que parece, a polícia decidiu ignorar até mesmo as aparências de atuar em conformidade com a lei.

Em 02 de agosto, às 12h00 defensores da floresta – cerca de 50 civis – foram de ônibus até a parada Starbeevo para verificar se havia exploração ilegal de madeira na região. Eles nem sequer tiveram tempo para reunir-se. A polícia começou a detê-los imediatamente. O primeiro a ser levado foi o líder do partido Yabloko, Sergei Mitrokhin, e sob os gritos de “peguem Udaltsova!”, capturaram líder da Frente de Esquerda e do Mossovet (Parlamento Municipal de Moscou), Sergei Udaltsov.

As informações foram passadas ao IKD (“Instituto de Ações Coletivas”) por Ilya Budraitskis, do Movimento Vpered (“Em frente”). Enquanto ele conversava com os editores do IKD, também foi detido e, junto com três outros militantes, levados em direção desconhecida. Sem qualquer explicação.

Entre 09 e 10 pessoas foram detidas sem que nenhuma acusação fosse apresentada. As pessoas estavam na parada de ônibus, longe do suposto local onde haveria o desmatamento. A polícia bloqueou a estrada de acesso a floresta de Khimki e esta torna-se um território sem lei.

Lembramos que a pedido do deputado da Duma (Parlamento russo) o procurador Anton Belyakov ordenou parar o desmatamento até a verificação dos fatos. No entanto, a empresa OOO “Teplotekhnik” continua a destruir as florestas ao redor da auto-estrada Moscou – São Peterburgo, sem os devidos documentos que a autorizem a realizar tal trabalho. Segundo o Movimento em defesa das florestas de Khimki, a empresa contratante do desmatamento é a FGU “Caminhos da Rússia” comandada por A. Semchenko, Bispo da Igreja Batista, um ex-assessor de Putin para relações com organizações religiosas.

Entretanto, a regulamentação do governo federal, de 05 novembro de 2009, que permite a derrubada das florestas de Khimki não foi acordada com o governo de Moscou, o que seria necessário legalmente já que a floresta de khimki se encontra no chamado cinturão florestal da capital russa. Diante do fato, A. Muzykantskiy, secretário de direitos humanos do governo de Moscou, também apresentou um requerimento ao Ministério Público que abriu investigação, em andamento.

Mesmo assim o desmatamento continua e já se aproxima ds casas dos moradores de Khimki. Os ativistas já cosneguiram barrar o desmatamento várias vezes, pois as empresas não possuem autorização para corte de árvores. Neste momento a Procuradoria-Geral da Rússia realiza investigaões das denúncias de desmatamento. E mesmo assim a empresa privada OOO “Teplotekhnik” continua a cortar as árvores, porque precisa do dinheiro.

Com a colaboração de Mark Vasiliev e com materiais do IKD
http://www.ikd.ru/node/14200

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