A ditadura teocrático-miliciana: O sonho do evangelismo monetário no Brasil

A história do século XVI, por ter sido um dos momentos mais importantes da formação da civilização ocidental, nos propicia uma série de ensinamentos para os tempos pós-modernos que vivemos. Talvez o mais importante exemplo seja aquele da primeira ditadura teocrática- miliciana, que por vinte e cinco anos sufocou e destruiu a cidade mais democrática de toda a Europa: Genebra.
João Calvino era inicialmente um dos seguidores de Lutero; dele se distancia ao estabelecer o Estado Evangélico. “Genebra acima de tudo, Deus acima de todos! ” Não nos parece familiar???
Ao criar as bases do “puritanismo evangelista”, Calvino estabeleceu uma ditadura teocrática. E durante um quarto de século, Calvino, em termos de assassinatos, perseguições e torturas, conseguiu na pequena cidade, que dominava, ir além da própria Inquisição Católica! Ele se considerava um Messias redivivo, tal e qual o Presidente “Mito” brasileiro.
Nos dias de hoje a máscara de Calvino pode ser vestida por diversos auto intitulados apóstolos de Cristo, como os arquimilionários Edir Macedo e Malafaia, o sonegador encantador de feijões anti-Covid, o pastor Santiago. São todos da mesma estirpe da intolerância e da monetarização religiosa e, tal qual o Presbítero Farel, braço direito de Calvino, exercem um enorme poder de sugestão e manipulação de massas.
E as milícias serão transformadas em “polícias da fé”.
Na segunda década do século XXI, a “peste” representada pela Covid-19 devastou nosso país. Pois em 1542, a peste negra devastara Genebra, a “Cidade de Deus”.

Carlos Russo Jr
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