A alma feminina: em “Medeia”, o arquétipo da mulher selvagem e independente

Tanto Medéia quanto Ártemis fogem do padrão da mulher na sociedade patriarcal. Ártemis é a deusa virgem, a que recusa qualquer contato sexual. Se nega a casar e a se submeter ao jugo de um homem. Já Medeia é a mulher que ama em demasia, entrega-se ao amor sem os limites da ponderação e é capaz de manter ódios mortais por seus inimigos.
A mãe de Medeia era a deusa Hécate, que simboliza as decisões fatais, a vontade fulgurante da mulher, a magia do conhecimento das ervas e plantas venenosas e curativas. Por isso tudo, ela é uma das personagens mais terríveis e fascinantes de toda a mitologia grega, envolvendo sentimentos contraditórios e extremos.
A Tragédia de Eurípedes. “Medeia” é momento maior de Eurípedes!
Pois se em Eurípedes as mulheres chegam aos extremos das virtudes e da desumanização, os homens perdem qualquer aura de heróis. Jasão, tão amante do poder, é pusilânime e suas propaladas virtudes são coberturas para o mais vil oportunismo político, que não poupam nem a companheira, nem os filhos.
Do ponto de vista da psicologia arquetípica, bem como pela tradição das contadoras de histórias, ela, a alma feminina é a Mulher Selvagem. No entanto, ela é mais do que isso. É a própria origem do feminino.
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Carlos Russo Jr
Anexo: Mulher Maravilha

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