A conjuntura histórica que pariu Stalin, autocrata cruel e sem escrúpulos

“Uma das ironias é que o resultado mais duradouro da Revolução Soviética, cujo objetivo era a derrubada global do capitalismo, foi salvar o seu antagonista, tanto na guerra (contra o nazi-fascismo) quanto na paz, fornecendo-lhe o incentivo na forma do medo- para reformar-se”.

A Revolução de Outubro foi um dos eventos políticos, sociais e econômicos mais significativos da história da humanidade, decisiva na história global do século passado. A firme esperança de Lênin e dos bolcheviques era que, cumprindo-se as previsões marxistas, as revoluções proletárias fossem desencadeadas em todo o mundo, principiando pela Alemanha, onde se abrigava o partido socialista mais forte de toda a Europa.

É absolutamente certo que os objetivos finais dos bolcheviques eram de natureza humanitária, democrática e antiburocrática, mas a lógica da situação geral, a não ocorrência das esperadas revoluções na Alemanha e na Europa, o risco de novas agressões externas, foram fortes demais para que aqueles ideais resistissem.
E o espírito de guerra, com a intolerância e a repressão a ela inerentes, mesmo quando a situação já se havia definido e gradativamente melhorado, permaneceu. Para culminar, dois anos após, em 1924, morre o grande líder de todo o processo: Lênin!

Stalin que, em 1926, assumiu com mão de ferro a direção da U.R.S.S. e manteve-se no poder até sua morte em 1954, provou ser um autocrata de ferocidade, crueldade e falta de escrúpulos excepcionais, quase únicas.

Somente a guisa de exemplo, somente entre 1934 e 1939, entre 4 a 5 milhões de membros e funcionários do partido foram presos por motivos políticos; entre 400 e 500 executados sem julgamento; dos 1827 delegados do congresso do Partido Comunista de 1934, apenas 37 permaneciam vivos em 1939.

Convidamos à leitura de nossa crônica completa.

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