Seis mil militantes de diversos países participaram da grande marcha de abertura do Fórum Social Mundial Palestina Livre, no final da tarde desta quinta-feira (29). A concentração foi no Largo Glênio Peres e seu término foi na Usina do Gasômetro, local que concentra grande parte das atividades do encontro que vai até sábado (1º).
Ativistas de 36 países se reúniram para chamar a atenção sobre a causa que mais mobiliza multidões em todo o mundo: a Palestina. Entre gritos de alerta um dos pontos centrais das reivindicações: o reconhecimento do território palestino como país, pela Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), nesta quinta.
Na chegada da marcha à Usina do Gasômetro, enquanto lideranças internacionais e nacionais ainda discursavam em solidariedade com o povo palestino, chegou a noticia de que nas Nações Unidas, era alcançado o total de 136 votos para admitir a Palestina como Estado Observador.
A 17ª Marcha dos Sem, organizada pela Coordenação dos Movimentos Sociais do RS, marchou duas horas antes e se juntou a marcha do Fórum. Os participantes da Marcha dos Sem se concentraram na Praça Otávio Rocha, seguiram para o Largo Glênio Peres, passando pelas avenidas Borges de Medeiros e Loureiro da Silva, até chegar à Usina.
O tema da Marcha dos Sem deste ano é a luta pelo fim de todos os muros. A mobilização é organizada desde 1996 e defende sete temas principais: emprego, salário, saúde, educação, reforma agrária, política agrícola e moradia.
Professores, ligados ao Cpers Sindicato, que realizaram no mesmo momento uma assembleia em frente ao Palácio Piratini, também integraram à caminhada.
Nesta sexta-feira (30), estão programadas duas conferências pela manhâ: uma delas sobre a luta internacional contra todos os muros que segregam os povos e os pobres no mundo, na Usina do Gasômetro, e outra sobre a campanha BDS, na Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
O FSMPL é organizado por movimentos sociais, centrais sindicais, representantes da comunidade árabe internacional e por entidades que lutam pela causa Palestina. Ao longo de todo o evento, diversos debates, palestras, oficinas, todas atividades autogestionadas por organizações estarão abordando as diversas estratégias de resistência.
ONU
A resolução foi aprovada com 138 votos dos 193 da Assembleia-Geral. Nove países votaram contra e 41 se abstiveram. O status de Estado observador é semelhante ao do Vaticano e ainda não dá o direito a voto. Mas, já lhe dá o direito de participar de comissões especiais e recorrer ao Tribunal Penal Internacional (TPI), apresentando denúncia contra os abusos do governo israelense. Desde 1974, os palestinos eram representados pela OLP (Organização para Libertação da Palestina), que tinha o status de entidade observadora.
O reconhecimento foi comemorado em todo mundo, principalmente entre os palestinos, na Cijordânia.
Com agências
Seis mil marcham por uma Palestina livre
FOI COM GRANDE ALEGRIA, OUVIR,DO MEU FILHO POR TELEFONE,SOBRE A VOTAÇÃO DA ONU A FAVOR DA PALESTINA.
MUITOS BRASILEIROS COMEMORARAM,FESTEJARAM, COMO EU!
É UMA NOVA VIDA! É VIDA NOVA!
ME SENTI COMO SE FOSSE O MEU BRASIL.
DEUS ABENÇOE Á TODOS QUE LUTARAM, MORRERAM,FORAM INJUSTIÇADOS,LUTAM E LUTARÃO PELOS DIREITOS Á LIBERDADE E Á JUSTIÇA DOS POVOS .
PELA PAZ!
PELA FRATERNIDADE!
PELO AMOR Á TODOS,POIS, VERDADEIRAMENTE,SOMOS IRMÃOS.
VIVA!VIVA!VIVA!