Ao preparar-se para o Fórum Social Mundial Palestina Livre, diversas entidades e coletivos feministas se posicionaram através de notas e manifestos em solidariedade com o povo palestino, ferido pelos ataques intensivos vindos de Israel que matou dezenas de crianças, caracterizando um verdadeiro infanticídio com o propósito de aterrorizar o mundo diante da falta de limites da potência ocupante.
O Coletivo Ana Montenegro lançou nota chamando a atenção para as profundas diferenças entre as condições em que vive o povo palestino, expulso de suas terras, e parte espremida na Faixa de Gaza, e defende seu direito à resistência contra os ataques armados de Israel. Leia a nota:
Gaza, o pequeno local da Palestina, é sobrevoado praticamente todos os dias por aviões e helicópteros e até mesmo mísseis israelenses, em um sufocante cerco militar, econômico e social ao povo palestino.
A região é superpovoada porque Israel expulsou o povo palestino de suas terras se constituindo numa faixa de terra na qual o povo palestino se vê oprimido entre o mar e as armas israelenses. Ainda temos na memória os ataques, particularmente aquele de dezembro de 2008, que mataram sumariamente cerca de um mil e quinhentas pessoas, especialmente mulheres e crianças.
O povo palestino, mais uma vez é vítima do sionismo e de um estado terrorista e genocida que quer literalmente exterminá-lo, como, aliás, de resto, vem fazendo desde o século XIX, tomando casas, vilas, bairros e plantações dos palestinos numa luta e guerra insanas para se apoderar de todo o território.
Foi forte a ofensiva desta quarta-feira ( 14 de novembro), que prossegue, com centenas de mortos, sem possibilidade de fuga para a população local porque emparedado entre os muros e armas de Israel e a saída para o mar. Para muitos feridos não há medicamentos, ou quaisquer outras condições para tratar dos feridos.
O ataque é reflexo da crise sistêmica do capital, agudizada em 2008 e 2011, do temor da reedição de anteriores crises do petróleo, daí a agressividade imperialista, especialmente no Oriente Médio. A OTAN recorre à guerra, como meio de recuperação econômica e como meio de desestabilização política no Oriente Médio, particularmente na Líbia e na Síria ( nessa última com repercussões políticas negativas no Líbano).
O Coletivo de Mulheres Ana Montenegro se solidariza com o povo palestino de Gaza em seu legítimo direito à resistência, inclusive armada, diante do agressor imperialista denunciando e lutando contra a política sanguinária do capital, do império e do sionismo exigindo, inclusive, do Governo Brasileiro a interrupção das relações militares com os contratos de importações de tecnologias de defesa e de segurança com Israel, ou seja, que não seja cúmplice desses crimes contra o povo palestino, que, como qualquer crime desse gênero, é crime contra a humanidade.
O governo de Israel tem que acabar com a ocupação militar sionista da Palestina, tem que parar de roubá-la, suas terras, sua economia, suas fontes de água, seus recursos naturais, sua gente. DIZEMOS ao governo de Israel, ao imperialismo: BASTA! ao genocídio, ao mundo de violência que impõe com suas ameaças, com suas armas e fábricas de guerra, com sua imposição de força, com seus bombardeios, promotores da morte de civis, especialmente, mulheres e crianças, como ocorre agora em Gaza.
O COLETIVO DE MULHERES ANA MONTENEGRO – entende que tem que haver uma proteção mundial dos povos, especialmente dos trabalhadores, contra as agressões israelenses à Palestina, em respeito ao seu direito de libertação e ocupação de seu território histórico, aos direitos humanos,pressionando Israel a cumprir a Convenção de Genebra,as resoluções da ONU.
Por uma Palestina livre, laica, democrática e socialista!
COLETIVO DE MULHERES ANA MONTENEGRO