Mobilização rumo ao FSM Palestina Livre

Os eixos do FSM Palestina Livre

O Fórum Social Mundial Palestina Livre acontece de 28 de novembro a 1º de dezembro de 2012, Porto Alegre (Brasil). A programação do Fórum Social Mundial Palestina Livre é integrada por cinco conferências e oficinas, seminários e outros eventos autogestionados* realizados pelas organizações participantes, em torno aos cinco eixos temáticos do fórum:

– Autodeterminação e direito de retorno

– Direitos humanos, direito internacional e julgamento de criminosos de guerra

– Estratégias de luta e solidariedade – boicote, desinvestimento e sanções (BDS) contra Israel como um exemplo

– Por um mundo sem muros, bloqueios, discriminação racista e patriarcado

– Resistência popular palestina e o apoio dos movimentos sociais


O que é o Fórum Social Mundial?

Um espaço de debate democrático de idéias, aprofundamento da reflexão, formulação de propostas, troca de experiências e articulação de movimentos sociais, redes, ONGs e outras organizações da sociedade civil que se opõem ao neoliberalismo e ao domínio do mundo pelo capital e por qualquer forma de imperialismo. Após o primeiro encontro mundial, realizado em 2001, se configurou com samahd@pngo.neto um processo mundial permanente de busca e construção de alternativas às políticas neoliberais.

Esta definição está na Carta de Princípios, principal documento do FSM. Caracteriza-se também pela pluralidade e pela diversidade, tendo um caráter não confessional, não governamental e não partidário. Ele se propõe a facilitar a articulação, de forma descentralizada e em rede, de entidades e movimentos engajados em ações concretas, do nível local ao internacional, pela construção de um outro mundo, mas não pretende ser uma instância representativa da sociedade civil mundial. O Fórum Social Mundial não é uma entidade nem uma organização.

Calendário:

28 de novembro

– Chegada e credenciamento

– Dia de Ação Internacional pela Visibilidade da Luta Palestina e Divulgação do FSM PL

29 de novembro

– Dia Internacional de Solidariedade à Palestina

– 9h-16h30: Conferências e atividades autogestionadas

– 17h-20h: Marcha de solidariedade à Palestina

– 20h: Show de abertura do FSM Palestina Livre

30 de novembro

– Conferências e atividades autogestionadas

– Atividades culturais


1º de dezembro

– Manhã: Conferências

– Tarde: Assembléia de Movimentos Sociais

– Show de encerramento

*A inscrição de eventos auto-organizados será realizada entre os dias 1º e 15 de outubro de 2012.


Calendário de mobilização

11 de outubro: CMS fará reunião para discutir a participação dos movimentos sociais no FSM PL

15 de outurbo Termina o prazo das inscrições para organizações e suas atividades. Começam inscrições individuais

20 de outubro: Reunião do Comitê Organizador Brasileiro em São Paulo

28 de outubro: Dia de Ação pela Visibilidade da Luta Palestina e divulgação do Forum Social Mundial Palestina Livre, um mes antes de sua abertura. Participe!

28 de novembro: Abertura do Forum Social Mundial Palestina Livre, em Porto Alegre e Dia de Ação pela Visibilidade da Luta Palestina, com divulgação do Fórum e atividades à distância. Participe!


Delegações já confirmadas

África do Sul, Alemanha, Argentina, Belgica, Canada, Chile, Colombia, Cuba, Dinamarca, Egito, Espanha, Estados Unidos, França, Grecia, Holanda, India, Inglaterra, Itália, Japão, Jordânia, Líbano, Marrocos, México, Noruega, Panama, Paraguai, Portugal, Québec, Uruguai, Venezuela.

Convidados para o FSMPL:

Há uma lista muito grande de delegados/as da Palestina e de outros países do mundo. Saiba quem são alguns deles:

Show de abertura e atividades culturais:

Marcel Khalife – nascido em 10 de junho de 1950, em Amchit, província de Mount Lebanon, Líbano) é um compositor, cantor e instrumentista libanês. Muitas de suas canções tornaram-se hinos para a Palestina. Em 2005, Khalife foi nomeado pela UNESCO como Artista pela Paz.

Silvio Rodriguez – músico, poeta e cantor cubano, nascido em 29 de novembro de 1946, em San Antonio de Los Baños. É um dos cantores cubanos contemporâneos de maior relevo internacional. Considerado um poeta lúcido e inteligente, capaz de sintetizar o intimismo e os temas universais com a mobilização e a consciência social.

Conferencistas/a confirmar:

Adolfo Peres Esquivel (Buenos Aires, 26 de novembro de 1931) é arquiteto, escultor e ativista de direitos humanos argentino, agraciado com o Nobel da Paz de 1980.

Aleida Guevara, é a filha mais velha de Che Guevara e de sua segunda esposa, Aleida March.

Alice Walker (Condado de Putnam, Geórgia, 9 de fevereiro de 1944), escritora estadounidense e feminista, alcançou fama mundial com o livro A Cor Púrpura. Walker sempre foi uma ativista pelos direitos dos negros e das mulheres, destacando-se na luta contra o apartheid.

Arundhati Roy (24 de novembro de 1961), nascida na Índia, é uma escritora, novelista e ativista anti-globalização. Foi a primeira em seu país a vencer o Prêmio Man Booker Prize pela sua primeira novela, O Deus das Pequenas Coisas, em 1997. Em 2002 venceu o Prêmio Lannan Cultural Freedom.

Carlos Lattuf (Rio de Janeiro, 30 de novembro de 1968), cartunista e ativista político brasileiro.

Cindy Corrie, mãe de Rachel Aliene Corrie (10 de abril de 1979 – 16 de março de 2003), ativista estadunidense que integrava o Movimento de Solidariedade Internacional (International Solidarity Movement – ISM) e que foi morta após ser esmagada três vezes por um tanque da Forças de Defesa de Israel em Rafah, no sul da Faixa de Gaza, enquanto tentava bloquear a destruição de uma casa palestina.

Desmond Tutu – (Klerksdorp, 7 de outubro de 1931) é um arcebispo da Igreja Anglicana consagrado com o Prêmio Nobel da Paz por sua luta contra o Apartheid em seu país natal.

Hebe Bonafini (Ensenada, Provincia de Buenos Aires, 4 de dezembro de 1928) é uma ativista argentina pelos direitos humanos e uma das fundadoras da associação Madres de la Plaza de Mayo, organização que reúne mães de detidos-desaparecidos durante o autodenominado Processo de Reorganização Nacional, ditadura que governou Argentina entre 1976 e 1983.

Ilan Pappe (Haifa, 1954) é um historiador israelense, professor na Universidade de Exeter, no Reino Unido. Foi docente em Ciências Políticas em sua cidade natal, na Universidade de Haifa, até 2007. Pappé faz uma análise profunda sobre os acontecimentos de 1948 (criação do Estado de Israel) e seus antecedentes.

Luisa Morgantini (Villadossola, 5 de novembro de 1940), política italiana, ex-vice presidente do Parlamento Europeu, encarregada da política européia para a África e para os direitos humanos.

Naomi Klein (Montreal, 1970), jornalista, escritora e ativista canadense. Em setembro de 2007, Naomi Klein publicou o livro The Shock Doctrine: The Rise of Disaster Capitalism (em português A doutrina do choque: a ascensão do capitalismo de desastre), no qual descreveu como as empresas aproveitam dos desastres naturais, das guerras ou outros choques culturais para avançar políticas de liberalização econômicas.

Noam Chomsky (Filadélfia, 7 de dezembro de 1928) linguista, filósofo e ativista político estadunidense.

Ralph Schoenmann (nascido em 1935), ativista de esquerda estadunidenses, foi o secretário pessoal de Bertrand Russell e tornou-se secretário geral da Fundação Bertrand Russell pela Paz. Esteve engajado em vários projetos apoiados pela Russell, incluindo a Campanha pelo Desarmamento Nuclear (CND), e em um tribunal não-oficial sobre crimes de guerra para julgar líderes americanos por sua conduta durante a Guerra do Vietnã.

Richard Falk (nascido em 1930), estadunidense, professor emérito de direito internacional da Universidade Princeton. É o relator especial para as Nações Unidas sobre a situação dos direitos humanos nos territórios palestinos ocupado desde 1967.

Rigoberta Menchú (Uspantán, El Quiché, 9 de janeiro de 1959), indígena guatemalteca do grupo Quiché-Maia. Foi agraciada com o Nobel de Paz em 1992 pela sua campanha pelos direitos humanos, especialmente a favor dos povos indígenas, sendo Embaixadora da Boa-Vontade da UNESCO e vencedora do Prêmio Príncipe das Astúrias de Cooperação Internacional.

Tariq Ali (Lahore, 21 de outubro de 1943), escritor e ativista paquistanês, escreve periodicamente para o jornal britânico The Guardian e para a revista New Left Review.

As inscrições de atividades para o FSM Palestina Livre vão até 15 de Outubro. Saiba mais

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