Dos 20 estádios mais caros do planeta, metade se encontra no Brasil. Essa é a conclusão de um estudo realizado pela consultoria KPMG, que levantou o custo de cada assento nas construções do mundo todo. A constatação é de que nunca se gastou tanto em estádios como no Brasil nesses últimos anos.
De acordo com os dados da KPMG, o primeiro estádio brasileiro a aparecer no ranking ocupa o terceiro lugar. O Estádio Mané Garrincha, em Brasília, tem seu custo total avaliado em 1 bilhão e 34 milhões de reais e cada assento no valor de 20 mil e 700 reais. O estádio mais caro do mundo é o Wembley, na Inglaterra, onde cada assento custou 32 mil e 400 reais. O segundo lugar ficou com o Emirates Stadium, também na Inglaterra, com custo de 23 mil e 300 reais por cadeira.
O Instituto Braudel, na Europa, em parceria com a ONG dinamarquesa Play the Game, também revelou dados impressionantes. De acordo com a entidade, em média, cada assento nos 12 estádios brasileiros custaria 13 mil e 500 reais. O valor é superior ao que foi gasto nas três últimas Copas. Em termos absolutos, o gasto total com as obras bate todos os recordes. Se todo o gasto da África do Sul em 2010 e da Alemanha em 2006 for somado, não se chega ao total gasto no Brasil para 2014, mais de 8 bilhões de reais.
O analista do Instituto Dinamarquês para o Estudo dos Esportes e autor do levantamento dos dados sobre estádios da Copa, Jens Alm, afirma que a inflação e os custos dos estádios no Brasil não têm explicação. Para ele, nada justifica os preços tão elevados.