O Opera Mundi conversou com as ativistas Sara Kershnar e Mich Levy, responsáveis pela formação do movimento há cinco anos, sobre os ideais, o funcionamento e o trabalho em rede que realizam.
A organização teve início logo após o período da segunda intifada e, de acordo com Kershnar, seus princípios nasceram do questionamento trazido pelo movimento de libertação palestino da época. “Nós éramos contra os 65 anos de ocupação e os acordos de Oslo, mas tínhamos muita dificuldade de nos organizar e a rede vem dessa necessidade de estarmos unidos para poder fazer algo de fato”, conta Levy que morava em Jerusalém.
Direito de retorno dos refugiados de 1948, justiça, direitos iguais e a criação de um Estado democrático para todos os povos – e não um Estado para o povo judeu – se tornaram os eixos para o estabelecimento da rede. “A libertação da Palestina e a luta contra o sionismo são nossas principais metas, mas nós também apoiamos outras causas anti-discriminatórias”, acrescenta Kershnar.