O vídeo gravado por um das vítimas mobilizou protestos pela internet e pressões diretas do movimento #ExisteAmorEmSP, pedindo o afastamento dos membros da Guarda Civil Metropolitana que, no dia 4 de janeiro, agrediram skatistas na Praça Roosevelt, em São Paulo.
Uma cena de enforcamento praticado por um guarda em trajes civis contra um jovem, com a conivdencia de outros agentes fardados, o uso do gás de pimenta e agressões verbais foram registradas no vídeo, permitindo a identificação dos responsáveis pelas autoridades.
Em nota oficial, a Prefeitura posicionou-se contra o comportamento dos guardas e comunicou seu afastamento. Mas os protestos continuam, exigindo a punição dos agressores, com a exoneração. “Esse cara jamais poderia estar tratando com a população.”, diz uma ativista do movimento paulistano que ligou para a Guarda Civil para cobrar explicações e providências. Deram-lhe o número da assessoria de imprensa da instituição, compartilhado na rede (11 3124-5117) . “Agora é manter a pressão, deixando claro que estaremos acompanhando até o fim das investigações!”, diz outro ativista.
O movimento #ExisteAmoremSP nasceu de uma ação autoconvocada no final de 2012, durante as eleições municipais, para alertar contra as vertentes conservadoras e ameaças fascistas presentes na disputa. Participaram vários coletivos da cidade, mas o grande impulsionador foi a Casa Fora do Eixo.
O primeiro alvo da ação foi o candidato Celso Russomano, que não conseguiu chegar ao segundo turno. A partir daí, a ação foi direcionada para expressar as virtudes políticas e culturais da cidade, sufocadas por sucessivas gestões opressoras. O petista Fernando Hadad, candidato à sucessão do prefeito Gilberto Kassab, acabou beneficiado no enfrentamento com o tucano José Serra.
As grandes mensagens públicas do #ExisteAmorEmSP, que adotou a cor rosa para demonstrar um sentimento mais feminino latente na cidade, se deram na Praça Rooselvet, também chamada por ativistas de Praça Rosa, desde então.
Passadas as eleições, #ExisteAmorEmSP continua mobilizado, vigiando para influenciar políticas e, como no caso do comportamento flagrado da Guarda Civil, denunciar e fazer frente à opressão.