Isso me lembra anos atrás, quando víamos remarcações, quase que diárias, enquanto os salários ficavam cada vez mais defasados. Entre os itens que mais subiram, dos não-perecíveis, estão o arroz (na faixa de R$ 10 para cima – 5kg), feijão, carnes e os hortifrutigranjeiros têm oscilações muito altas. É quase uma maratona encontrar os dias de promoções e a peregrinação em diferentes locais.
Segundo a Fundação Procon, a cesta básica média do paulistano em dezembro de 2012 custava R$ 377,26, acima da média da inflação. É só fazer a conta: o salário mínimo era R$ 622 e passou para R$ 678 (reajuste de 9%).
Bem, onde quero chegar com essa reflexão? Que a realidade é de tempos difíceis e cada vez mais emerge a necessidade do equilíbrio entre economia, meio ambiente e o aspecto social. E que a cultura do desperdício tem de ser eliminada. Já na fase da colheita é desperdiçada cerca de 11 mi toneladas, segundo pesquisa feita pelo Instituto Ethos. Nessa cadeia, 30% da comida que para no lixo são no contexto das feiras-livres e dos Centros de Abastecimento (Ceasa), de acordo com levantamento do Centro de Agroindústria de Alimentos da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).
E nós consumidores? Compramos o necessário, fazemos a otimização de tudo, aproveitando cascas, por exemplo etc? Optamos por ter hortas caseiras ou coletivas? Ficamos atentos a esses aumentos – que podem ser abusivos? Fazemos pesquisas de preços? Há vários pontos que nos levam a reavaliar nosso papel…
Blog Cidadãos do Mundo – jornalista Sucena Shkrada Resk – www.twitter.com/SucenaSResk