Marcha Mundial das Mulheres divulga programação de seu 9º Encontro Internacional

Entre os dias 25 e 31 de agosto de 2013, o Brasil sedia pela primeira vez um Encontro Internacional da Marcha Mundial das Mulheres. Com o tema “Feminismo em Marcha para Mudar o Mundo”, o Encontro vai reunir ativistas feministas dos cinco continentes do mundo e de todas as regiões do Brasil. São esperadas 1600 mulheres para participar durante todos os dias do Encontro, que acontece no Memorial da América Latina, em São Paulo.

Após uma intensa semana de debates, oficinas e atividades culturais, as mulheres realizam uma grande mobilização nas ruas da capital paulista, no dia 31 de agosto. As inscrições para o evento podem ser feitas até o dia 11 de agosto, através do site: www.marchamundialdasmulheres.org.br. O credenciamento de imprensa pode ser feito através do e-mail comunica@sof.org.br. Mais informações: marchamulheres@sof.org.br. Confira a programação.

Programação

25/08 – Chegada das delegações.
Apresentação do Encontro para as delegadas internacionais.

26/08, às 9:00 – Conferência “A trajetória do feminismo na América Latina”

Nalu Faria (Brasil): Coordenadora da SOF – Sempreviva Organização Feminista em São Paulo. Psicóloga com especialização em psicodrama pedagógico e autora de vários artigos sobre movimento de mulheres, feminismo e economia solidária. Desde 2000 atua na construção dala Marcha Mundial das Mulheres (MMM) no Brasil, e integra sua coordenação nacional.
Sandra Morán (Guatemala): Ativista feminista e lésbica, artista e musicista guatemalteca. Integra o Coletivo Artesana e a banda Cantarte Vida. Fundadora e coordenadora da Aliança Política Setor Mulheres da Guatemala, como seguimento de sua atuação nas negociações dos Acordos de Paz. É integrante do Comitê Internacional da MMM representando as Américas.
Sonia Alvarez (Estados Unidos): Doutora em Ciência Política pela Universidade de Yale, professora da Cátedra Leonard
J.
Horwitz de Políticas e Estudos da América Latina e diretora do Centro de Estudos sobre América Latina e Caribe da Universidade de Massachusetts,
em
Amherst, Estados Unidos da América.

26/08 , às 14:00 – Conferência “Acumulação por despossessão: Trabalho, Natureza e Corpo das Mulheres”

Helena Hirata (França/Brasil): Doutora em Sociologia política pela Universidade de Paris VIII e livre-docente pela Universidade de Versailles-Saint-Quentin-en-Yvelines. Atualmente é diretora de pesquisa emérita do CNRS (Centre National de la Recherche Scientifique) no laboratório CRESPPA – equipe GTM (Genre, Travail, Mobilités) associado às Universidades de Paris 8-Saint-Denis e Paris 10-Nanterre, França.
Ariel Salleh (Austráli: Doutora em Direito, Ética e Políticas Públicas pela Universidade de Griffith, Austrália. Professora do Departamento de Economia Política da Universidade de Sidney, Austrália. Dentre várias obras sobre feminismo e ecologia publicou o livro Ecofeminism as Politics; e a antologia Eco-Sufficiency and Global Justice.
Malalaia Joya (Afeganistão): Ativista feminista afegã integrante de RAWA (Associação Revolucionária das Mulheres do Afeganistão). Foi eleita deputada da Wolesi Jirga da Província Farah e suspensa, em 2007, por sua crítica ao talibã. Em conjunto com o escritor canadense Derrick O’Keefe, publicou sua autobiografia “Raising My Voice”.
Jean Enriquez (Filipinas): Diretora Executiva da Coalizão contra o Tráfico de Mulheres Ásia Pacífico (CATW-AP) com sede em Quezon City, Filipinas. Tem grande atuação e artigos publicados sobre violência sexual, prostituição, direitos reprodutivos, em especial sobre o contexto da Ásia Sudeste. Ela é integrante do Comitê Internacional da MMM representando Ásia.

27/08, às 9h Conferência Feminismo e construção de alternativas

Georgina Alfonso (Cuba): Doutora em Filosofia. Assistente de Investigação, Instituto de Filosofia de Cuba e Professora Titular da Universidade de Havana, Cuba. Integrante do Grupo de estudo “América Latina: Filosofia Social e Axiologia ‘(GALFISA), da Comissão Coordenadora do Workshop Internacional sobre paradigmas emancipatórios da América Latina e das Cortes Internacionais de Mulheres contra a Violência.
Magdalena León (Equador): Economista feminista equatoriana, integrante da REMTE Rede Latinoamericana Mulheres Transformando a Economia, da Fundação de Estudos, Ação e Participação Social – FEDAEPS, e do Instituto de Estudos do Equador – IEE. Integrou a equipe de formulação do Plano Nacional de Bem Viver 2009-2013, que organiza as políticas públicas do Estado do Equador.
Basma Khalfaoui (Tunísia): Advogada e ativistas pelos direitos das mulheres na Tunísia, integrante da ATFD (Associação Tunisina Democrática de Mulheres), viúva do ativista Chokri Belaid, assassinado em fevereiro de 2013, em circunstâncias semelhantes às do recém assassinato de Mohammed Bhrami.
Francisca Rodriguez (Chile): Dirigente da Associação Nacional de Mulheres Rurais e Indígenas do Chile (ANAMURI), da Confederação Latinoamericana de Organizações Camponesas (CLOC) e da Via Campesina, além de dinamizar o processo latinoamericano da Aliança por Soberania Alimentar.
Graça Samo (Moçambique): Graduação em Administração pela Universidade de Brasília. Diretora Executiva do Fórum Mulher de Moçambique e integrante do Comitê Internacional da MMM representando África.

27/08, às 14:00 – Conferência A Marcha Mundial das Mulheres (MMM) como movimento incontornável: balanço da MMM na resposta à conjuntura e na construção de alternativas

Judite Fernandez (Portugal): Doutoranda em Ciências da Informação na Universidade de Porto, Portugal; escritora, atriz e animadora de Teatro do Oprimido. Integrante do Centro de Informação e Políticas de Igualdade – CIPA de Açores, Portugal. Integrante do Comitê Internacional da MMM representando a Europa.
Emilia Castro (Canadá): Sindicalista da Confederação Sindical Nacional (CSN) do Québec, Canadá, em representação das trabalhadoras de creches. Integrante do Comitê Internacional da MMM representando as Américas.
Nana Aïcha Cissé (Mali): Secretária Administrativa da Coordenação de Associações e ONG’s Femininas do Mali (CAFO), que reúne mais duas mil organizações membras em todo o país, e integrante do Coletivo de Originários do Norte que atua pela paz no Mali. Integrante do Comitê Internacional da MMM representando Africa.
Miriam Nobre (Brasil): Agrônoma e mestre em Estudos da América Latina (PROLAM-USP), coordenadora do Secretariado Internacional da MMM.

28/08, às 9:00 – Conferência Nossas trajetórias teóricas e correntes de pensamento e Conjuntura atual

Maria Lúcia Silveira: Doutora em Sociologia pela PUC-SP, Socióloga da Prefeitura Municipal de São Paulo onde atua na Secretaria de Políticas para as Mulheres, colaboradora da SOF.

Clarisse Goulart Paradis: Doutoranda em Ciência Política pela Universidade Federal de Minas Gerais e pesquisadora do Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre a Mulher (NEPEM-UFMG). Ativista da MMM Minas Gerais.

Nalu Faria e Georgina Alfonso: apresentações acima.

28/08, às 14:00 – Grupos de discussão

29/08, às 9:00 – Feminismo em marcha: nossos acúmulos e intervenções políticas

Painéis simultâneos:
“Mercantilização, controle do corpo e sexualidade”; “Por que o feminismo tem que ser anti-racista?”; “Mulheres em luta contra a mercantilização da natureza”; “Autonomia econômica: desafios para uma agenda feminista no mundo do trabalho”; “Ofensiva do capital sobre as cidades”; “Enfrentamento à violência contra as mulheres: estratégias feministas”; “Feminismo e cultura: a construção da contra-hegemonia”

29/08, às 14:00 – Feminismo em marcha: nossos acúmulos e intervenções políticas


Painéis simultâneos
:
“Visibilidade lésbica”; “Em luta pela democratização da comunicação”; “Soberania alimentar: estratégias das mulheres para transformar o modelo de (re)produção e consumo”; “Prostituição”; “Desafios para a despatriarcalização do Estado”; “Economia feminista e solidária”; “Direito ao aborto e estratégias feministas para a autonomia sobre a sexualidade e maternidade”; “Educação não sexista”.

30/08, às 9:00 – Feminismo em marcha: trajetórias a partir das nossas práticas políticas

Painéis simultâneos: “Feminismo e agroecologia: a experiência das mulheres na construção de práticas agroecológicas”; “A resistência das mulheres nos territórios”; “Cultura como contra-hegemonia”; “Estratégias para garantir a autonomia das mulheres”; “Os sentidos políticos da ocupação feminista do espaço público”; “Práticas de comunicação feminista”.

30/08 às 14:00 – Feminismo em marcha: trajetórias a partir das nossas práticas políticas

Oficinas simultâneas:
“Lambe-lambe”; “Pichação crítica e stencil”; “Batucada”; “Zine Feminista”; “Nossas formas de comunicação: escrevendo panfletos”; “Nossas formas de comunicação: feminismo na internet”; “Nossas formas de comunicação: oficina de rádio”; “Produção de faixas”; “Muralismo”.

31/08 – 9:00 – Assembléia Final

14:00 – Manifestação: Feminismo em Marcha para Mudar o Mundo, concentração no MASP

Atividades permanentes

Em todos os dias acontecerão atividades culturais e de integração no início das atividades, no intervalo do almoço e à noite.

Exposição “Feminismo em marcha” acontece na Galeria Olido (centro de São Paulo), entre os dias 25 de agosto e 29 de setembro de 2013. Projeções, fotografias e materiais históricos apresentam as principais ações e temáticas abordadas por este movimento que está presente em mais de 60 países.

A Tenda da Solidariedade manterá uma exposição permanente com as atividades de solidariedade realizadas nos vários países pelas ativistas da MMM e demandas de solidariedade frente a emergências sócio-climáticas, conflitos armados e criminalização de lutas sociais. Estão previstas rodas de conversa com ativistas feministas de Haiti, Cuba, Palestina, República Democrática do Congo, República Centro Africana, Saara Ocidental, Bangladesh, Turquia e Grécia.

A Mostra de Economia Solidária e Feminista também será permanente com a participação de grupos produtores de mulheres de todo o Brasil.

A equipe de comunicação estará atuando durante todo o Encontro através da chamada Convergência de Comunicação dos Movimentos Sociais: produção de conteúdo jornalístico de forma colaborativa, a partir de parceria da MMM com a Radio Mundo Real, ALBA TV, Via Campesina e Movimento dos Atingidos por Barragens.

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