Marcha da Terra unifica mundo árabe em Túnis

A data é simbólica e por isso foi escolhida para a realização de uma marcha de encerramento do FSM. Durante todo o percurso, diferentes bandeiras marcharam juntas pela libertação e reconhecimento da Palestina.

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Depois de cinco dias de atividades, uma das maiores marcas que ficará para quem esteve na capital tunisiana para participar do Fórum certamente é a necessidade que a população da região tem de sair às ruas para gritar ao mundo que vivem uma transformação, ou pelo menos buscam por ela.

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“Pela libertação da Palestina”, exclamavam os ativistas durante a caminhada, que seguiu até a Embaixada da Palestina. Outras palavras de ordem eram: “O povo quer a palestina livre”. “Está vivo, está vivo, Chokri Belaid” e “Tahim Palestine”, referindo-se à Praça Tahim, no Egito, palco da insurgência popular naquele país, como se dissessem: façamos Tahim na Palestina.

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Durante a concentração, que começou por volta das 15h, na Avenue Habib Bourguiba, uma das principais vias de Túnis, muita música e dança. Em um canto, crianças palestinas formavam um coral exaltando a Palestina, em outro, homens festejavam o Dia da Terra ao som de um trompete típico palestino.

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Encerramento


Sob forte emoção, os participantes do ato cantaram, por volta das 18h30, o hino da Tunísia e o hino da Palestina em frente à embaixada, onde foi feito um rápido discurso de encerramento por diplomatas e ativistas presentes na sacada do prédio.

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Como na marcha de abertura, um forte esquema de segurança foi adotado pela polícia local afim de evitar confrontos e atentados, tendo em vista a situação atual do país, chocado com o assassinado do líder da oposição, o advogado Chokri Belaid. Ao final, era possível ver mais uma dezena de carros da Polícia e homens fortemente armados. Durante todo o FSM, o policiamento esteve presente no evento, porém, de maneira discreta.

Histórico

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No dia 30 de março de 1976 seis manifestantes morreram nas mãos de policiais israelenses durante um protesto contra o confisco e invasão das terras em Gaza pelo governo de Israel. Neste 30 de março de 2013, milhares de palestinos e simpatizantes da causa se reuniram para chamar a atenção da necessidade de dar um basta a ofensiva israelense em Gaza, que se segue sendo algo de confiscos de terra, de invasões promovidas pela polícia israelense. Assim, pouco a pouco, vão tomando a terra palestina.

Deborah Moreira

Vermleho

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