Campanha “Eu Pareço Suspeito?”

A campanha “Eu pareço suspeito?” tem movimentado o estado de São Paulo. Com atividades ligadas à cultura Hip-Hop e do funk, os organizadores buscam utilizar esses elementos tão presentes no cotidiano da juventude como mediadores do debate da importância do combate às diversas formas de violência, promovido pelo racismo, principalmente o institucional, pois, sabe-se que a violência racial agrava-se em situações de experiências de abordagem policial no qual a vítima é vista como “suspeito em potencial” por ser negro e pobre.

A programação de atividades que também inclui palestras, seminários, workshops culturais de arte-graffiti, dança-Break e outras ações que pretendem refletir e desconstruir a imagem de estereótipos negativos relacionados aos jovens negros e pobres, promovendo o diálogo com órgãos públicos e espaços alternativos de educação, cultura, além de fazer chegar ao conhecimento dessa juventude assuntos como direitos humanos, violência urbana, empreendedorismo criativo, apropriação dos espaços, empoderamento e afirmação da identidade.

Os preparativos da campanha começaram ainda em 2012 e teve como ponto de partida a homenagem feita ao jovem negro estadunidense Trayvon Martin, de 17 anos, baleado em fevereiro do ano passado por um vigia branco que o considerou “suspeito” por caminhar pelo bairro onde morava encapuzado em uma noite chuvosa, e do brasileiro Ulisses Lucas de Araújo, 34 anos, morto por um policial em uma casa lotérica em Diadema, São Paulo, após ser confundido com um assaltante.

A equipe WAPI Brasil e a Soweto Organização Negra são parceiras na realização da Campanha “Eu pareço Suspeito? assim como foram parceiras na disseminação da Campanha “Eu africanizo São Paulo” em 2011, com objetivos similares que é construir o intercâmbio cultural com os coletivos de juventude e às organizações ligadas à cultura Hip-Hop de países africanos e brasileiros, na elevação da autoestima da população negra e no trabalho para a diminuição de invisibilidade do negro nos veículos de comunicação de massa.”

Fonte: Adital

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