Ato das Trepadeiras repudia femicídio no rap

trepadeiras2.jpg

“Dei todo amor, tratei como flor, mas no fim era uma trepadeira”, diz um dos trechos da música, que ainda prega que a mulher que trai “merece era uma surra de espada de São Jorge, um chá de comigo ninguém pode”.

“Tô cansada de ver a naturalização da misoginia, esse ódio da mulher. Já é difícil aceitar isso de alguém que não tem uma função na cena cultural, ainda mais ele[Emicida], que deveria ter um compromisso com o social, com a periferia, com as mulheres”, declarou Ana Paula Galvão, uma das manifestantes que convocou o ato pelas redes sociais.

trepadeiras3.jpg

De acordo com as feministas presentes no ato, o objetivo não é censurar o trabalho do artista: “O que não dá para aceitar é que ele cante isso em um show que seja finaciado com dinheiro público, por exemplo, ou que sirva como tema de uma novela ou, pior, seja regravada por outro artista lá na frente”, completou Ana Paula, que conhece a atuação do músico também como empreendedor e lamenta muito que “alguém que uso como exemplo de economia criativa, faça uma coisa dessa”.

trepadeiras4.jpg

A estudante Isadora Couto soube do ato pelo Facebook e fez questão de estar presente para repudiar a música e tudo o que ela representa: “Fiquei bastante decepcionada. O Emicida é o rapper que representa a cultura da rua, o povo da rua, e eu acho que foi uma falta de compromisso com as pessoas marginalizadas e excluídas da sociedade. É uma música que incita o ódio e a violência contra a mulher. Mais do que licença poética, isso pé uma falta de responsabilidade com a sociedade”.

trepadeiras5.jpg

trepadeiras7.jpg

trepadeiras6.jpg

IMG_5357.jpg

IMG_5382.jpg

IMG_5278.jpg

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *