A política de controle de informações do
FaceBook segue absurdamente ridícula e pautada por um moralismo desconectado de qualquer discussão contemporânea sobre corpo e sociedade. Parece que essa corporação, que basicamente extrai lucros da relação que nós usuários estabelecemos entre nós e dos conteúdos que geramos, é regida por algum grupo de freiras isoladas do convívio social desde meados do século XiX.
Dessa vez é o Pablo Capilé que está suspenso por 03 dias desssa rede social, por ter postado fotos em que o coletivo Huellas del Arte pratica intervenções de pintura sobre corpos (semi)nus. São fotos sutis, nada apelativas, que enfatizam muito mais a delicadeza do desenho sobre a pele do que as “vergonhas” – como diria Pero Vaz de Caminha no ano de 1500 – das meninas do coletivo.
Reposto essa da série pra vocês terem uma ideia da “obscenidade” da obra. Espero, talvez com um otimismo infundado, não ser censurado por postar uma imagem de umbigo à mostra.