Em uma incursão realizada no começo da madrugada do dia 8 de maio, o Stop the Wall (Pare o Muro) teve sua sede em Ramallah, na Cisjordânia, Palestina ocupada, invadida pelo exército de Israel. A ação teve o objetivo de intimidar as ações da organização que luta contra o muro do apartheid e por direitos humanos fundamentais aos palestinos. Ocorre na semana marcada por diversos protestos em solidariedade aos presos políticos em greve de fome desde abril último.
Participando do Conselho Internacional do Fórum Social Mundial, o Stop the Wall é alvo da repressão, assim como outros movimentos. Tem atuado, juntamente com a sociedade civil brasileira, na construção do Fórum Social Mundial Palestina Livre, que acontecerá em novembro próximo, em Porto Alegre. Após divulgada a arbitrariedade, diversas organizações nacionais vêm se manifestando, condenando a violência e se solidarizando com o Stop the Wall. A Ciranda Internacional da Comunicação Compartilhada se soma a essas vozes.
As forças de ocupação israelense, nessa incursão, levaram materiais e arquivos de trabalho do Stop the Wall, danificando computadores. Não é a primeira vez que a sede da organização é invadida e são levadas fotos e documentos que denunciam as violações por parte de Israel. Ações como essa são rotina nos territórios palestinos ocupados, assim como a criminalização e prisão arbitrária de quem denuncia as políticas expansionistas e discriminatórias da potência ocupante. A luta internacionalista, contudo, ganha vitalidade, e o fórum Palestina livre pode fortalecer esse movimento.