Nuclear: um pedido pela coerência germânica

Reunidos para a conferência dos Conselheiros do Futuro do Mundo (World Future Council) intelectuais de diversos países, entre eles o brasileiro Chico Whitaker e nomes agraciados com o Prêmio Nobel Alternativo, endereçaram uma mensagem clara e direta ao parlamento e governo alemão: coerência em sua política nuclear.

No documento assinado por Pauline Tangiora, Maori elder from the Rongomaiwahine Tribe, Prof. Dr. Vandana Shiva, Founder, Research Foundation for Science, Technology, and Ecology, Right Livelihood Laureate, Dr. Scilla Elworthy, Founder, Oxford Research Group, Francisco Whitaker, Co-Founder, World Social Forum, Right Livelihood Laureate, Prof. Dr. Alexander Likhotal, President of Green Cross International, Dr. David Krieger, President, Nuclear Age Peace Foundation, Prof. Dr. Hans-Peter Dürr, Nuclear physicist and philosopher, Right Livelihood, Laureate, Dr. Sándor Fülöp, Hungary, Parliamentary Commissioner for Future, Generations; os conselheiros parabenizam o anúncio do fim do programa nuclear alemão para geração de energia elétrica.

No entanto, lamentam a manutenção da garantia Hermes, fiador do investimento liderado por bancos franceses para a construção de Angra 3. O governo alemão pediu novas garantias para a francesa Areva, para a renovação do contrato – sobretudo em relação à segurança da usina, no contexto pós-Fukushima. Mas, enquanto isso, as obras da nova usina continuam a todo vapor.

O Brasil tem potencial de sobra para investir nas novas energias renováveis e jogar de vez para escanteio a geração de energia elétrica nuclear: cara, suja e perigosa.

Em oito de junho passado, o Greenpeace foi até a porta da Embaixada da Alemanha, em Brasília, reforçar o pedido para que o país tenha coerência em sua política nuclear.

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