No Sul, Fórum Mundial de Educação discutiu a democracia nas escolas

Junto com a criação do Fórum Social Mundial, em 2001 surgia também o Fórum Mundial de Educação (FME), um espaço para o diálogo entre organizações, movimentos e membros de governos sobre a educação popular. Durante o Fórum Social Temático 2012, realizado no Rio Grande do Sul entre 24 e 29 de janeiro, o FME discutiu Justiça Social e Ambiental, enfocando a importância da democratização nas escolas.

“O papel fundamental da escola é facilitar a participação das pessoas de forma que a aprendizagem seja uma vivência comunitária e não só uma competência individual”, declarou o italiano Alessio Surian, membro do Conselho Internacional do Fórum Mundial de Educação.

Formado por sindicatos, federações, conselhos diversos, associações, colegiados e muitas outras organizações, o Conselho Internacional coordena as principais atividades e programas dos diferentes fóruns regionais e mundiais. A função é promover, através de relações internacionais, uma articulação mundial de países e entidades.

“Tive a honra de organizar a primeira atividade do Fórum Social Temático, com enfoque na Justiça Social e Ambiental. Acho fundamental democratizar as escolas”, analisou Alessio, professor de Comunicação e de Planejamento da Faculdade de Ciências da Educação da Universidade de Padova.

Para Surian, a educação profissional e técnica pode contribuir para a formação de pessoas com maior capacidade de reflexão. O professor italiano vê no Brasil um potencial para essa inclusão do indivíduo no mundo do trabalho:
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“Achei interessante o esforço do Brasil na educação profissional e técnica nos últimos anos, com a criação de institutos e cooperativismos”.

Com suas atividades concentradas no campus central da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), o FME contou com a presença da ministra dos Direitos Humanos, Maria do Rosário, da secretária de Educação Básica do Ministério da Educação, Maria do Pilar Lacerda, e de muitos outros nomes, como Emir Sader e Boaventura Souza Santos. Entre os temas debatidos estavam as conseqüências da crise capitalista para o mundo da educação.

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