Em uma grande mobilização de palestinos dentro da CisJordania e vindos dos países fronteiriços: Líbano, Síria e Egito, chamou a atenção do mundo neste domingo para o direito de retorno à Palestina. As manifestações, no entanto, foram recebidas com violenta repressão, que já deixou pelo menos 12 mortes nas fronteiras e centenas de feridos na região, incluindo o interior da Faixa de Gaza.
Os palestinos lembraram a Nakba, o êxodo forçado de 760.000 palestinos em 1948, quando se deu a criação do Estado de Israel. Refugiados dos campos da Jordânia, Síria e Líbano decidiram movimentar-se em direção à Gaza, para fazer cumprir a resolução 194 da ONU que assegura aos palestinos o direito de voltar pra casa.
A forma violenta como Israel tem isolado o povo palestino se repetiu mais uma vez, e jovens morreram alvejados por tiros contra a multidão disparados pelo exercito israelense. A Agência France Press noticia 10 mortos na fronteira entre Líbano e Israel e 2 na fronteira com a Síria, mas o próprio movimento ainda não contalizou suas vítimas. Fontes da segurança israelense admitiram os disparros contra manifestantes vindos da Síria, que já estavam em Golan, segundo a agência, que avalia tratar-se de um dos incidentes fronteiriços mais graves entre ambos os países desde a guerra árabe-israelense de 1973.
Outras fontes informaram que o Exército libanês na região de “Marun ar Ras” adotou medidas rigorosas para acompanhar os manifestantes da Nakba e evitar confrontos, mas que mesmo assim as forças isarelenses abriram fogo contra os manifestantes após momentos de tensão.