Na cidade de Valparaíso, no dia 28 de junho, próxima quinta-feira, vai acontecer uma nova audiência do processo criminal contra Pedro Quezada. O estudante chileno, preso em 28 março, está sendo acusado por ter supostamente lançado uma bomba “coquetel molotov” em direção aos “carabineros”, pelotão especial das forças policiais chilenas. As autoridades determinaram 80 dias de investigação, mas não permitiram que o estudante pudesse se defender em liberdade, alegando que o mesmo é um perigo para a sociedade, mesmo depois que a perícia técnica demonstrou que ele não havia manipulado nenhum tipo de artefato incendiário no dia de sua detenção.
Pedro Quezada foi preso, junto com mais 67 colegas, após um ato dos estudantes da Universidade de “Playa Ancha”, quando os famosos carabineros invadiram ilegalmente o campus para reprimir a manifestação, ferindo totalmente o princípio da autonomia universitária. Esses acontecimentos são parte da política do governo Piñera de criminalização dos movimentos sociais e, principalmente, do movimento estudantil, que faz uma luta histórica e heróica há mais de um ano por educação pública, gratuita e de qualidade.
Lutas em defesa da educação estão acontecendo em diversas partes do mundo, demonstrando que a juventude e os trabalhadores não vão permitir que os governantes ataquem nosso direito ao ensino de qualidade. Chile, Espanha, Canadá e, agora, Brasil. Muitas línguas, mas uma única voz em defesa da educação.
As organizações – entidades estudantis, sindicais e movimentos sociais – que assinamos este manifesto exigimos do governo Piñera a libertação imediata do estudante Pedro Quezada. Da mesma forma, repudiamos qualquer perseguição, repressão ou prisão dos ativistas chilenos que estão mobilizados na luta contra a privatização da educação pública em seu país.
Liberdade imediata para Pedro Quezada!
Educação não é mercadoria!
Muitos jovens, uma só luta!