A União Nacional dos Jornalistas Tunisianos (SNJT) ameaça conclamar à greve geral em resposta aos assaltos sofridos por um grupo de jornalistas enquanto cobriam uma manifesfação organizada pela União Geral dos Trabalhadores da Tunísia (UGTT) no último sábado, no centro de Tunis.
Muitos jornalistas tunisianos foram agredidos verbal e fisicamente pelas forças de segurança presentes no protesto, levando a SNJIT a emitir uma nota no mesmo dia condenando as práticas de “polícia repressiva”
O documento também informa que um grupo de apoiadores do governo tem usado de violência e ameaças para pressionar os jornalistas tunisianos e controlar a imprensa.
Os jornalistas disseram que, apesar de usarem jaquetas de imprensa e mostrarem suas carteiras profissionais, os agentes policiais se colocaram por trás do que parecia ser um grupo simpático ao governo, e os atacou.
O SNJT pediu à Assembléia Nacional Constitunte (NCA) para condenar os ataques e adotar ações vigorosas contra tais práticas. “O primeiro ministro e o Presidente da República provisórios e o chefe da NCA assumiram total responsabilidade histórica de proteger os direitos e as liberdades na Tunisia,” destacou da SNJT.
Monji Khadhraoui, secretário geral da SNJT, invocou a defesa do Artigo 14 do Código de Imprensa, aprovado em novembro passado, e que proíbe ataques físicos ou verbais aos jornalistas, que no entanto tem crescido.
Em um manifesto público dia 27 último, a UGTT cobrou a abertura de investigação sobre os ataques que processe os agressores e ponha fim às práticas repressivas que “nós acreditávamos tivessem desaparecido com o colapso da ditadura”.