O artista e colecionador senegalês Ibrahima Sagna montou uma exposição de objetos e instrumentos tradicionais africanos para o III Festival Mundial de Artes Negras (Fesman), realizado em dezembro de 2010 em Dacar.
A equipe da Ciranda foi convidada a uma visita guiada pelo artista. Fomos conferir a exposição no parque Hann, e pudemos acompanhar a minuciosa explicação de Ibrahima.
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Esse instrumento se chama Bonbolong. Ele é originário de Casamance, sul do Senegal, local onde está havendo uma guerra separatista e província de origem de Ibrahima. É utilizado para comunicação sagrada.
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O tambor acima tem origem senegalesa e é chamado Mouloup Sérére. É usado nos rituais de chuva.
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O Gong tem sua origem na Nigéria e é um instrumento para os rituais de sacrifício.
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O Ekoting não tem funções religiosas, é utilizado nas festas de Casamance há muito tempo. “É um instrumento ancestral”, conta Ibrahima.
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O Kandap serve para se subir na árvores para pegar as cabaças. É originário de Casamance, e o pai de Ibrahima é um profissional do ramo.
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Jarro Senegales.
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A chaleira.
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Evidentemente, essa é uma tradicional tábua de lavar. Mas na Angola também pode servir como um instrumento musical, uma espécie de reco reco.
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Essa imagem representa a Mulher Africana, que olha para o futuro. É tradicional da etnia senegalesa Toucoleur.
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Vasilha é utilizada no Senegal para fazer cuscuz.
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Esse tambor é a Taparka, e a baqueta utilizada para tocá-lo se chama Dom. O instrumento é tocado por duas pessoas, e pode-se fazer grandes rodas com várias duplas tocando Taparka.
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O pilão senegalês, chamado Gkeune (pronuncia-se “gana¨).
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Esse é um jogo matemático africano – em cada região ele possui regras e nomes diferentes. No senegal é Wouré, no Camarões é Akale. Ele representa a semeadura.
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A exposição é gratuita e continuará disponível no parque Hann, em Dacar. O contato de Ibrahima é bayefall2004@hotmail.com