A atividade, que lotou o auditório, convidou os participantes a colaborarem na construção de estratégias de fortalecimento de redes de movimentos sociais, de forma a potencializar a amplitude da comunicação, da articulação e da mobilização social de coletivos. Com a estratégia Redes em Rede para a Inclusão Socioprodutiva, o que se pretende também é fortalecer e ampliar a capacidade desses segmentos de fazerem a disputa da visão de mundo com desenvolvimento sustentável.
A proposta foi apresentada aos participantes em mesa composta pelo diretor de Desenvolvimento Social , Éder Melo e o gerente de Educação e Tecnologia Inclusiva, Claiton Mello, ambos da Fundação Banco do Brasil; Renato Rovai, da Revista Fórum; Pablo Capilé, do coletivo Fora do Eixo; Ivana Bentes, da Escola de Comunicação da UFRJ; e Alfredo Manevy, doutor em audiovisual pela USP. A dinâmica da atividade constou da apresentação do tema e comentários dos integrantes da mesa, seguidos da escuta das contribuições dos participantes.
A idéia da estratégia “Redes em Rede” como um dos pilares do Programa de Inclusão Digital da Fundação Banco do Brasil vem sendo debatida entre Fundação BB e parceiros. Isto porque, com o repasse da gestão dos cerca de 2.000 telecentros BB para a instituição, também surgiu a demanda de revitalização desses pontos. Nas discussões preliminares sobre a questão, ficava claro que investimentos sociais em ações de inclusão digital não poderiam estar concentrados apenas nos espaços físicos, na melhoria dos computadores ou na oferta de capacitação em informática básica.
“Passamos a discutir quais eram as dimensões possíveis de atuação. Percebemos que não era mais possível discutir apenas as estruturas dos telecentros mas, fundamentalmente, conteúdos. O que ligava as pessoas não era apenas os espaços. Estávamos no momento em que as pessoas se ligavam pelas Redes Sociais”, contextualizou Éder Melo, durante discurso, na abertura da mesa.
A atividade autogestionada, que integra a programação da Fundação Banco do Brasil na Rio + 20, foi gravada e transmitida ao vivo, em uma iniciativa do II FMML. Clique aqui e confira o vídeo.
Midias livres – São aquelas que servem às comunidades, lutas sociais, cultura e diversidade. Praticam licenças favoráveis ao uso coletivo e não são negócios de corporações. Compartilham e defendem o bem comum, a liberdade de expressão para todos e não apenas para as empresas que dominam o setor. Entendem comunicação como um direito humano e, por isso, querem mudar a comunicação no mundo. Na Cúpula dos Povos, as midias livres contribuem com propostas e debates para fortalecer a agenda dos Bens Comuns, onde comunicação e cultura são grandes bens da humanidade, indissociáveis da Justiça Ambiental e Social.
O II FMML ocorreu entre sábado (16) e domingo (17), uma realização de organizações e coletivos pela Midia Livre, em parceria com a Escola de Comunicação da UFRJ, o Sindipetro RJ e a Fundação Banco do Brasil. A discussão, organizada em painéis, debates livres, oficinas e plenárias , girou em torno de quatro eixos centrais: direito à comunicação, apropriação tecnológica, políticas públicas e movimentos sociais.