Ciranda – Após centenas de atividades autogestionadas e articulações entre as organizações e
movimentos que ocuparão a cidade do Rio de Janeiro a partir do dia 15
de junho, cinco grandes plenárias reunirão as muitas análises, denúncias e propostas em torno dos temas centrais eleitos pela Cúpula dos Povos para a conquista de Justiça Social e Ambiental no Planeta.
Essas plenárias de convergência ocorrerão nos dias 17 (dia todo) e 18
(à tarde) para mobilizar conjuntamente as lutas da sociedade civil por
Direitos, por Justiça Social e Ambiental (Plenária 1);
Defesa dos Bens Comuns Contra a Mercantilização (Plenária 2);
Soberania Alimentar (Plenária 3); Energia e Indústrias Extrativas
(Plenária 4); Trabalho: Por uma Outra Economia e Novos Paradigmas de Sociedade (Plenária 5).
As três Assembleias dos Povos que virão em seguida devem reunir as contribuições de todas as plenárias, e ocorrerão por etapas até a construção de uma Agenda dos Povos.
O dia 19 será dedicado à denúncia das causas estruturais das crises, das falsas soluções e das novas formas de reprodução do capital; Será um grande aquecimento para a mobilização global
programada para o dia 20, com atividades em qualquer lugar do mundo
onde organizações queiram sintonizar-se com o processo da Cúpula dos Povos no Rio de Janeiro.
No dia 21, o encontro será decidado a reunir as soluções e novos
paradigmas dos povos, trazidos pelas plenárias de convergência;
Finalmente, dia 22, a Assembleia dos Povos anunciará suas agendas, campanhas e mobilizações que articularão os processos da luta anticapitalista pós-Rio+20.
Leia a seguir a íntegra do
Documento Guia para as plenárias de convergência e Assembleia dos Povos
Para por em movimento os espaços de convergências, de expressão da mobilização e da unidade e diversidade na Cúpula dos Povos
Por Justiça Social e Ambiental
Contra a Mercantilização da Vida e da Natureza
Em Defesa dos Bens comuns
Nós, os Povos do Mundo, convocados a Reinventar o Mundo na Cúpula dos Povos, estamos (re)construindo coletivamente uma leitura da realidade a partir das nossas lutas históricas e desde os territórios e buscando caminhos de avançar nas nossas formas de diálogo, convergência e organização
Refletimos sobre
– as causas estruturais das crises e injustiças sociais e
ambientais, falsas soluções e novas formas de acumulação do capital
sobre os povos e territórios
– as soluções reais e novos paradigmas dos povos que estamos
colocando em praticas e em propostas
– a construção coletiva da agendas, campanhas e mobilizações
comuns que nos unificam para além da Rio +20
Embarcando na jornada de construção da Assembleia dos Povos a partir das Plenárias de Convergência…
As redes, movimentos, articulações temáticas e setores da sociedade
civil organizados, presentes na Cúpula dos Povos são chamadas a trazer para os espaços das Plenárias de Convergência Pré Assembleias, o acúmulo e reflexão das suas lutas e debates organizados de acordo com os estes 3 eixos.
Este processo de reflexão e construção prévia pode se dar ou se
reforçar também nos espaços da Atividades Autogestionadas, mas como diz o nome, estas atividades são autônomas quanto a sua organização, objetivos e resultados, que são de responsabilidade das organizações proponentes
As Plenárias, que acontecem dias 17 (todo o dia) e 18 de junho (a
tarde), serão espaços facilitados pela organização da Cúpula dos
Povos, para aprofundar o diálogo e as convergências entre temas e
setores, e consolidar posições e mensagens comuns.
As Plenárias serão simultâneas e estarão espalhadas nos territórios da
Cúpula de acordo com o espaço relacionado aos seus temas agregadores, de acordo com o mapa e a programação
Não há a pretensão de gestar documentos negociados, não somos a ONU.
Queremos gerar acordos políticos entre nossos movimentos e mensagens comuns que nos mobilizam adiante, ao mesmo tempo responder com força política popular à conjuntura de ofensiva do capital via “Economia Verde” na agenda da Conferência Rio+20
Como o movimento da água que ganha força quando os rios confluem em
direção ao mar….
Da jornada que atravessaremos junt@s em cada uma das Plenárias,
levaremos os acordos possíveis e as mensagens comuns em torno das
quais nos mobilizamos coletivamente para a Assembleia dos Povos,
nossos momentos de mobilização e expressão das convergências e
posicionamentos construídos no processo da Cúpula dos Povos.
A apresentação pública dos posicionamentos e convergências de cada uma das Plenárias serão refletidas nas mensagens comuns, depoimentos, ações simbólicas e culturais, celebradas e animadas pelos diferentes movimentos, respeitando e valorizando a diversidade das culturas de organização e mobilização.
Na Assembleia sobre as Causas Estruturais das crises e das injustiças
sociais e ambientais e das Falsas Soluções (19), denunciamos e nos
mobilizamos para o Dia de Ação Global (20 de Junho).
Na Assembleia sobre as Soluções dos Povos (21), apresentamos nossas propostas e celebramos.
Na Assembleia sobre as nossas Agendas, Campanha e Lutas para adiante (22), nos posicionamos frente a Conferencia Rio+20 e reforçamos nosso compromisso em seguir construindo junt@s para e transformar o mundo e consquistar o futuro que nós, os povos, queremos.
A assembleia não é o momento de deliberação de acordos, é o momento de expressão da unidade construída no processo das Plenárias e no diálogo e articulação entre os movimentos na Cúpula dos Povos
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