A Primavera Árabe representou uma verdadeira revolução no Oriente Médio, quando cidadãos egípicios começaram a se mobilizar contra o governo de Hosni Mubarak por meio das redes sociais. O cartunista brasileiro Carlos Latuff teve muitas de suas charges usadas em protestos no Egito. Segundo ele, ativistas entravam em contato com ele via twitter solicitando trabalhos para as manifestações.
Segundo Latuff, a internet ainda é uma ferramenta que pode ser usada como contraponto do que é mostrado pela mídia. “A imprensa no Egito não mostrava o que acontecia ou porque não podia, por questão censura, ou porque não queria, por ter o ‘rabo preso’ com o governo”, afirma. As redes sociais, então, se tornaram um veículo alternativo: “Os cidadãos que tinham acesso à internet usavam twitter e facebook e colocavam lá suas reportagens. Foi por isso que o governo cortou o sinal de internet e celular por um tempo. Eles tinham controle sobre a mídia, mas não tinham sobre a internet”, lembra.
Latuff conversou com a equipe sobre seu trabalho, internet e redes sociais, e afirma ainda que não usa o Facebook para nãos ser censurado.
Algumas charges de ativismo por Latuff: