O fato ocorreu na Penitenciária Talavera Bruce – Complexo Penitenciário de Bangu, zona oeste do Rio. Parto da imagem de um documento de encaminhamento para o hospital no qual sua situação ao sair da cela é descrita para criar uma imagem que represente o horror ao qual mulheres são expostas enquanto o Estado segue ignorando as especificidades de gênero.
Essa imagem é apenas o início de uma pesquisa que segue em processo para pensar correlações entre maternidade e marginalidade e integra a exposição ComPosiçoes Politicas que abre hoje no Centro Municipal de Arte Hélio Oiticica , fruto do projeto de residência artística que vivi no último mês e que tem como ponto de partida questões como: direito à imagem, memória-esquecimento, visibilidade-invisibilidade, representação do horror, testemunho e prova .
O processo foi de uma intensidade ímpar, agradeço muito à todos os envolvidos. A Maré vive e segue batendo forte.
Aleta Valente