As causas da deterioração da Amazônia são corporações agroindustriais, monoculturas, plantio de sementes transgênicas, agrocombustíveis, mineração legal e ilegal, extração e derramamento de hidrocarbonetos, bio-pirataria, mega-projetos hidroelétricos e hidroviários, linhas de transmissão e rodovias mal planejadas, organizações financeiras internacionais e seus empréstimos e investimentos, tráfico de drogas e crime organizado.
Os governos do Norte e do Sul, tanto neoliberais quanto progressistas, incentivam o extrativismo de diferentes maneiras, enfraquecendo a Amazônia em níveis social e ecológico. Agora, sob o título de “reativar a economia para sair da crise do COVID19”, os governos da região estão relaxando as disposições legais ambientais, indígenas e sociais para promover ainda mais o extrativismo.
A destruição da Amazônia nos aproxima mais do precipício e da hecatombe climática. Sem uma Amazônia viva, não haverá futuro para a humanidade.
Muitos estão lutando e resistindo diante desta destruição. As mulheres da Amazônia são as mais ameaçadas e, ao mesmo tempo, as mais criativas e resistentes na defesa de seus corpos-territórios.
Os desafios são muito grandes e a unidade na diversidade é urgente e inevitável, com o protagonismo dos povos originais, guardiães dos antepassados e do Bem Viver.
Diante desta realidade, movimentos, coletivos, redes, ativistas e organizações de povos indígenas, quilombolas, ribeirinhos, seringueiros, caboclos, marrons, camponeses, artistas, religiosos, defensores da natureza, comunicadores, acadêmicos, mulheres, jovens e habitantes das cidades amazônicas, nos reunimos na Primeira Assembleia Mundial da Amazônia que se realizará virtualmente nos dias 18 e 19 de julho.
Nosso objetivo é articular uma aliança a serviço das plataformas e campanhas existentes, para fortalecer nossas ações e impacto na defesa dos direitos humanos, dos direitos dos povos indígenas e dos direitos da natureza. Procuramos construir um processo espiral de ciclos de assembleias/ações a fim de acrescentar vontades, chegar a um consenso sobre os objetivos e acordar iniciativas de mobilização em torno de propostas que emergem do debate e do consenso.
Para isso, dedicaremos o primeiro dia de nossa Assembleia para refletir e debater os problemas dos países e da região pan-amazônica, e, no segundo dia, discutiremos propostas de ação e enriqueceremos três campanhas que estamos construindo:
1. Campanha global para enfrentar os graves impactos do Covid19 sobre as populações indígenas, os povos de origem africana e toda a Amazônia.
2. Campanha global para boicotar produtos, empresas, investimentos, políticas governamentais, acordos comerciais e indústrias extrativistas que destroem a Amazônia.
3. Jornadas de mobilização global para acabar com o etnocídio, o ecocídio e o extrativismo, e para salvar a Amazônia, essencial para enfrentar a mudança climática.
A Assembleia Mundial da Amazônia será realizada de maneira virtual no sábado 18 e domingo 19 de julho às 15h00 no Equador, Colômbia e Peru, 16h00 na Bolívia, Chile, Paraguai, Guiana e Venezuela, e 17h00 no Brasil-São Paulo, Guiana Francesa e Suriname. A cada dia teremos uma sessão de duas horas e meia e teremos tradução simultânea para o espanhol, português, inglês e francês.
Para participar deste processo e receber o respectivo link do Zoom, você deve preencher o seguinte formulário https://forms.gle/UbPArHEebwV9jxG99
A Primeira Assembléia Mundial para a Amazônia também será transmitida em https://www.facebook.com/asambleamazonica/ e https://www.youtube.com/channel/UC5uRVxQWBKbtyYZXj4_8Zkg
Mais informações e contato asambleamazonica@gmail.com
Uma humanidade saudável com futuro precisa de florestas e povos amazônicos vivos.[en]The Amazon is being flooded with death in its communities, villages, towns and cities. The COVID-19 is raging with the so-called “forest peoples” who are suffering from centuries of indifference, neglect, exploitation, extractivism, racism and ethnocide. This region, which is essential to the stability of the Earth’s ecosystem, is experiencing accelerated ecocide and terricide.
The causes of the deterioration of the Amazon are agro-industrial corporations, monocultures, the planting of transgenic seeds, agro-fuels, legal and illegal mining, the extraction and spillage of hydrocarbons, bio-piracy, hydroelectric and waterway mega-projects, poorly planned transmission lines and highways, international financial organizations and their loans and investments, drug trafficking and organized crime.
The governments of the North and the South, both neoliberal and progressive, encourage extractivism in different ways, weakening the Amazon on a social and ecological level. Now, under the title of “reactivating the economy to get out of the COVID-19 crisis “, the governments of the region are felxibilizing environmental, indigenous and social legal provisions to further promote extractivism.
The destruction of the Amazon brings us closer to the precipice and the climatic hecatomb. Without a living Amazon, there will be no future for humanity.
Many are fighting and resisting in the face of this destruction. The women of the Amazon are the most threatened and at the same time the most creative and resistant in the defense of their bodies-territories.
The challenges are very great and unity in diversity is urgent and unavoidable, with the protagonism of the original peoples, guardians of ancestry and Good Living.
Faced with this reality, movements, collectives, networks, activists and organizations of indigenous peoples, quilombolas, riverine people, siringueros (rubberes), caboclos, marrons, peasants, artists, religious, defenders of nature, communicators, academics, women, youth and inhabitants of the Amazonian cities, we self-call ourselves in the First Global Assembly for the Amazon that will take place virtually on July 18 and 19.
Our objective is to articulate an alliance at the service of existing platforms and campaigns, to strengthen our actions and impact in the defense of human rights, the rights of indigenous peoples and the rights of nature. We seek to build a spiral process of cycles of assemblies/actions in order to add wills, reach consensus on common objectives and agree on mobilization initiatives around proposals that emerge from the debate and consensus.
To this end, we will dedicate the first day of our Assembly to reflect and debate the problems of the countries and the pan-Amazon region, and on the second day we will discuss proposals for action and enrich three campaigns that we are building:
1. Global campaign to address the serious impacts of the Covid-19 on indigenous populations, afro-descendants and the entire Amazon.
2. Global campaign to boycott products, companies, investments, government policies, trade agreements and extractive industries that destroy the Amazon.
3. Global mobilization days to stop ethnocide, ecocide and extractivism, and to save the Amazon which is essential to face climate change.
The Global Assembly for the Amazon will be held virtually on Saturday 18th and Sunday 19th of July at 3:00 p.m. in Ecuador, Colombia and Peru, 4:00 p.m. in Bolivia, Chile, Paraguay, Guyana and Venezuela, and 5:00 p.m. in Brazil-Sao Paolo, French Guyana and Suriname. Each day we will have a two-and-a-half-hour session and will have simultaneous translation into Spanish, Portuguese, English and French.
To participate in this process and receive the respective Zoom link you must fill out the following form https://forms.gle/UbPArHEebwV9jxG99
The First Global Assembly for the Amazon will also be broadcast by https://www.facebook.com/asambleamazonica/ and https://www.youtube.com/channel/UC5uRVxQWBKbtyYZXj4_8Zkg
More information and contact: asambleamazonica@gmail.com
In order to ensure a healthy humanity for now and in the future, you need living amazon communities and forests.[fr]L’Amazonie voie ses communautés, villages, villes et cités, être inondées de morts. La COVID19 est cruel envers les « peuples de la jungle » qui souffrent de siècles d’indifférences, de négligence, d’exploitation, d’extractivisme, de racisme et d’ethnocide. Cette région, essentielle à la stabilité du système Terre, connaît un écocide et un terricide accélérés.
Parmi les causes de la détérioration amazonienne, peuvent être mentionnées l’action des sociétés agro-industrielles dont les monocultures, les semis de semences OGM, les agrocarburants, l’exploitation minière légale et illégale, l’extraction et le déversement d’hydrocarbures, la biopiraterie, les mégaprojets hydroélectriques, les lignes de transmission éléctriques et les routes mal planifiées, les organisations financières internationales et leurs prêts et investissements, le trafic de drogue et le crime organisé.
Les gouvernements du Nord et du Sud, néolibéraux et progressistes, encouragent l’extractivisme de différentes manières, affaiblissant l’Amazonie sur le plan social et écologique. Désormais, en « réactivant l’économie pour sortir de la crise liée au COVID19 », les gouvernements de la région assouplissent les dispositions légales environnementales, indigènes et sociales pour promouvoir davantage l’extractivisme.
La destruction de l’Amazonie nous rapproche de la catastrophe climatique. Sans l’Amazonie vivante, il n’y aura pas d’avenir pour l’humanité.
Plusieurs acteurs sont en train de se battre et résister à cette destruction. Les femmes d’Amazonie sont les plus menacées et en même temps les plus créatives et résistantes à la défense de leurs corps-territoires.
Les défis sont très grands et l’unité dans la diversité est urgente et incontournable, et les peuples autochtones, les gardiens de l’hérédité et du « Buen Vivir » (bien vivre), y jouent un rôle de premier plan.
Face à cette réalité, les mouvements, les collectifs, les réseaux, les activistes et les organisations des peuples autochtones, quilombolas, riverains, syringueros (caoutchoucs tappeurs), caboclos, marrons, paysans, artistes, religieux, défenseurs de la nature, universitaires, femmes, jeunes et habitants des villes amazoniennes, s’auto-organisent en assemblée mondiale de l’Amazonie qui se tiendra virtuellement les 18 et 19 juillet.
Notre objectif est d’articuler une alliance au service des plateformes et campagnes existantes, pour renforcer nos actions et nos impacts dans la défense des droits de l’homme, des droits des peuples autochtones et des droits de la nature. Nous cherchons à construire un processus en spirale de cycles d’assemblées / actions pour unir les volontés, convenir d’objectifs et organiser des initiatives de mobilisation autour de propositions issues du débat et du consensus.
À cette fin, nous consacrerons le premier jour de notre Assemblée à la réflexion et au débat sur les problèmes des pays et de la région panamazonienne, et le deuxième jour, nous discuterons des propositions d’action et enrichirons trois campagnes que nous construisons :
1. Campagne mondiale pour faire face aux graves répercussions du Covid19 sur les populations autochtones dans toute l’Amazonie.
2. Campagne mondiale pour boycotter les produits, les entreprises, les investissements, les politiques gouvernementales, les accords commerciaux et les extractivismes qui détruisent l’Amazonie.
3. Journées de mobilisation mondiale pour mettre fin à l’ethnocide, à l’écocide et à l’extractivisme, et sauver l’Amazonie, indispensable pour faire face au changement climatique
L’Assemblée mondiale pour l’Amazonie se tiendra virtuellement le samedi 18 juillet et le dimanche 19 juillet à 15 h 00 en Équateur, en Colombie et au Pérou, à 16 h 00 en Bolivie, au Chili, au Paraguay, en Guyane et au Venezuela et à 17 h 00. 00 heures du Brésil-Sao Paolo, de la Guyane française et du Suriname. Chaque jour, nous aurons une session de deux heures et demie et nous aurons une traduction simultanée en espagnol, portugais, anglais et français.
Pour participer à ce processus et recevoir le lien Zoom correspondant, vous devez remplir le formulaire suivant https://forms.gle/UbPArHEebwV9jxG99
La première Assemblée mondiale pour l’Amazonie sera également diffusée par :
https://www.facebook.com/asambleamazonica/
https://www.youtube.com/channel/UC5uRVxQWBKbtyYZXj4_8Zkg
Pour plus d’informations et contact asambleamazonica@gmail.com
Une humanité saine avec un avenir a besoin des forêts et des peuples amazoniens vivants.