Oito mil protestam em Paris: “Não em nosso nome”

O protesto « Não em Nosso nome » reuniu mais de 8 mil pessoas neste sábado (4/09) na praça da República em Paris em apoio aos refugiados e imigrantes.

A onda de solidariedade e de indignação começou alguns dias antes, quando a foto de Aylan Kurdi, o menino sírio-curdo de três anos que morreu afogado na Turquia, circulou pelas redes sociais.

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Com as guerras no Oriente médio o fluxo de refugiados aumentou consideravelmente, e mais de três mil pessoas, homens, mulheres e crianças morreram nestes últimos meses tentando chegar à Europa.

O título e os slogans durante o protesto exprimiram o tom da mobilização : welcome refugees (benvindos refugiados), refugees dignity (dignidade para os refugiados), nous sommes tous des immigrés (nós somos todos imigrantes)

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O principal alvo dos protestos foi a política de imigração para os refugiados e imigrantes do governo francês e europeu. O protesto não foi organizado por nenhum partido político, nem organizações sociais, segundo o chamado pelas redes sociais. Mas várias personalidades do mundo político e cultural francês estiveram presentes na praça da Republica.

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« Estou aqui pra relembrar que esta escrito preto no branco na constituição de 1793 da Revolução Francesa que a França acolherá e dará direito ao asilo a todas as pessoas perseguidas em seus países. Hoje a França acolhe muito mal e muito poucos refugiados », analisou Raquel Garrido, do Partido de Esquerda (PG sigla em francês).

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Representantes do coletivo de imigrantes « La Chapelle en lutte », que estão sendo ameaçados de expulsão, explicaram a repressão que enfrentam todos os dias da parte polícia. « Os direitos humanos devem ser aplicados na prática pela França, que tanto os defendem, e não é o caso hoje no acolhimento de imigrantes e refugiados », explicou um imigrante soudanês. Outro representante do coletivo afirmou que « muitas pessoas não conhecem a realidade de nossos países, ninguém que ama seus país, sua família, seus amigos não sae de sua casa para enfrentar todos os perigos da travessia do mar Mediterrâneo, imigrar é um ato de desespero».

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Quinze representantes de organizações de direitos humanos, como Anestia Internacional entre outras, publicaram uma tribuna no jornal Libération intitulada « Nós estamos fartos de tanta inércia da parte de nossos políticos (http://www.liberation.fr/debats/2015/09/04/migrants-nous-sommes-exasperes-par-l-inertie-de-nos-decideurs-politiques_1375775) » afirmando que « estão cansados de palavras, querem ações da parte dos dirigentes políticos para receber com dignidades refugiados e imigrantes na França»

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