Mulheres de todo o país se reuniram nesta quarta-feira (18), em Brasília, contra o racismo, a violência e em defesa do bem viver. De acordo com a organização da primeira Marcha das Mulheres Negras, cerca de seis mil manifestantes compareceram à caminhada em direção à Praça dos Três Poderes.
O reconhecimento da importância da mulher no processo histórico de construção do Brasil é também um dos temas que tem impulsionado o encontro. Segundo Claudia Maciel, da equipe de mídias sociais da Marcha, a principal intenção em ocupar as ruas de Brasília é mostrar que a mulher não pode mais ser colocada à margem da sociedade brasileira.
À Pulsar Brasil, Claudia enfatizou também o ‘grito sufocado’ de jovens negras que sofrem diariamente com a violência.
Dados do Instituto de Pesquisa Aplicadas (IPEA), apontam que 62 por cento das vítimas do feminicídio são mulheres negras, grande parte vive em condições de subemprego, mesmo com formação escolar e capacitação e, ainda, respondem por grande parte da chefia das famílias.
A Marcha contará com manifestações culturais ao longo da tarde, uma reunião com a presidenta Dilma Rousseff para a entrega do manifesto do movimento e também um diálogo com a diretora executiva da ONU Mulheres, Phumzile Mlambo-Ngcuka.