O advogado João Tancredo, do Instituto de Defensores dos Direitos Humanos afirma que policiais militares invadem casas, fazem revistas vexatórias e cometem violências físicas em favelas atendidas pelas Unidades de Polícia Pacificadora, as UPPs.
Tancredo atribui a responsabilidade ao Governo do Estado que privilegia a violência. Isso porque o policial está a serviço dessa política de segurança que prega o extermínio da população negra, pobre e favelada. População que o Estado considera dispensável porque não tem acesso ao consumo, na visão do deputado Marcelo Freixo (Psol – RJ).
Ele afirma ainda que as UPPs atendem apenas áreas turísticas ou de alto valor para as empresas construtoras. No caso da favela Cidade de Deus, o interesse é que ela está no caminho de áreas que estão sofrendo com a especulação imobiliária. Isto também devido as Olimpíadas.
Tancredo denuncia que esta é uma relação comercial. Nesse processo de pacificação o governo começa a dar título de terra para os moradores para que as grandes construtoras possam comprar estes terrenos.
Outra crítica é que o processo da implementação das Unidades da Polícia Pacificadora são marcados apenas pela presença da polícia e não com o estado como algo maior. Como o exemplo do morro Santa Marta que após um ano de ocupação policial ainda não recebeu nenhum posto de saúde