O Fórum Mundial de Educação inaugura de uma nova etapa na vida do município de Nova Iguaçú, que nesta semana também foi marcada pelo trágico aniversário da chacina de 30 pessoas que abalou a cidade no ano passado. O evento acontece no momento em que a prefeitura colocou a área de educação como prioridade máxima, por considerá-la chave no resgate da cidadania e no combate à violência. “O Fórum vai contribuir para virar uma página na história da Baixada Fluminense”, disse o prefeito Lindberg Farias.
O prognóstico foi feito durante a entrevista coletiva de abertura do fórum, que contou, ainda, com a participação de Moacir Gadotti e Pablo Gentili, ambos membros do Conselho Internacional do FME, de Salete Valesan, diretora do Instituto Paulo Freire (IPF) e de Ramón Moncada, representante da Corporación Región, da Colômbia.
Os entrevistados frisaram que o Fórum Mundial de Educação de Nova Iguaçú aborda pela segunda vez a temática da “Educação Cidadã para uma Cidade Educadora” – a primeira foi em 2004, em São Paulo. “Queremos mostrar o que pode fazer a educação para que esse outro mundo possível se instaure em todos os lugares”, observou Moacir Gadotti.
A temática ganhou importância dentro da plataforma mundial de lutas dos educadores pela educação como direito humano fundamental, que reforça o papel dos governos nessa área e rechaça a mercantilização do ensino. “Essa é a nossa caixa de ferramentas para a construção do outro mundo possível”, ilustrou Ramón Moncada, da Colômbia.
Além da imprensa, estiveram presentes na entrevista coletiva representantes de entidades do Uruguai, de Cuba e de Camarões, além de um observador da ONU.