Seminário debate feminismo popular e anti-racista

Como o racismo e a situação de pobreza, predominantes no Brasil, desafiam o movimento feminista? Esta foi a questão central do seminário “Feminismo popular e anti-racista – desafios para o movimento de mulheres, realizado nesta sexta, 21, no Fórum Social Brasileiro, organizado pelas organizações SOS Corpo, Coletivo Leila Diniz, Criola, Geledés e a Articulação de Mulheres Brasileiras e a Articulação Nacional de Organizações de Mulheres Negras (ANOMN).

A partir de uma metodologia participativa, que envolveu mais de 160 participantes, os debates promoveram uma intensa troca de experiências entre as mulheres. De acordo com Carmen Silva, do SOS Corpo, o seminário confirmou uma das questões apontadas no 100 Encontro Feminista Latino-Americano e do Caribe (outubro, 2005) : a necessidade de o movimento feminista considerar o desafio de sobrevivência das feministas de grupos populares e de suas organizações.

Ficou também indicada a necessidade de encarar o racismo como prioridade e de enfrentá-lo com ações efetivas, a partir dos espaços de atuação política de cada militante e de cada grupo popular de mulheres, organização, rede ou articulação feminista.

Os debates na plenária final do seminário apontaram ainda, entre os desafios para a construção do feminismo anti-racista e da transformação social, a articulação dos saberes popular e acadêmico e a reconstrução de uma linguagem que unifique o movimento.

Redação e fotos: Paula de Andrade (paula@articulacaodemulheres.org.br)

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