Plenária dos movimentos

Foto: Miguel Igreja

O Fórum Social Brasileiro realizado no Recife terminou nesse domingo (23) e, entre outras atividades, ocorreu a Plenária Nacional dos Movimentos Sociais na tenda armada no campus da Universidade Federal de Pernambuco. Embora o documento final (que será oficializado e divulgado nessa semana) contenha uma série de reivindicações, o clima geral que predominou no evento foi de apoio à reeleição de Lula, pontuando um posicionamento contrário à volta da direita ao poder. Segundo dados preliminares da organização, quinze mil pessoas participaram das atividades do Fórum.

“Passamos doze anos de governo tucano em São Paulo sem sermos atendidos. Erram aqueles que dizem que o governo Lula é igual aos anteriores”, apontou Ari Aloraldo do Nascimento, tesoureiro da Central Única dos Trabalhadores (CUT). Para João Antônio de Moraes, diretor de Saúde do Trabalhador da Frente Única dos Petroleiros, é preciso evitar as posições extremas. “Não podemos dizer nem que a situação está pior do que a dos governos anteriores, tampouco que está tudo bom”, defendeu.

De acordo com Salete Valesan, do Instituto Paulo Freire, “ninguém quer retroceder ao que havia nos governos passados”. “A aproximação com os movimentos sociais não ocorreu da forma como esperávamos, mas existiu”, esclarece. “Entendemos que é fundamental que haja continuidade, mas precisamos exigir a implantação de políticas públicas que possam contemplar nossas reivindicações.”

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