O Fórum de Abril propõe quatro áreas de diálogos nortear as atividades dos movimentos e entidades. Mas também serão aceitas inscrições de atividades que não se encaixem em nenhuma delas.A área número um, chamada Os sujeitos políticos e suas relações, tratará das relações dos movimentos entre si, com as ONGs, e também com partidos e governos. Todas as temáticas relacionadas a trabalhadoras/es brasileira/s serão tratadas nesta área de diálogo. Outros debates são previstos sobre o papel dos intelectuais de esquerda, os projetos de transformação, de democratização da comunicação, de educação popular e projetos políticos. Cultura e identidades, gerações, novas formas de sociabilidade e de participação política e violência: o leque temático da área 1 é bastante amplo e comporta todos esses temas.
A segunda área é dedicada aos projetos de desenvolvimento alternativo ao neoliberalismo. Os temas abordados envolvem propostas de novos sistemas econômicos, mudanças na relação com o capital transnacional, de reestruturação produtiva e de reforma urbana e reforma agrária. Estarão em pauta, ainda, importantes debates sobre a soberania nacional, como quebras de patentes e o tratamento dos bens comuns da humanidade, e também o desenvolvimento sustentável.
Menos pulverizada que as anteriores, a área de diálogo 3, que trata da resistência antiimperialista e das alternativas de integração solidária, terá foco em questões geopolíticas e econômicas. Esta será a área para discutir o papel e a atuação dos organismos multilaterais, projetos de integração regional, problemas de toda a América Latina e mundiais como a guerra e militarização, a dívida externa e interna, as propostas de comércio justo e de controle de capitais.
Por último, a área que propõe democratizar o Estado: por uma nova institucionalidade incitará o diálogo sobre questões políticas nacionais que ganharam atenção redobrada dos movimentos e organizações sociais nos últimos anos. São elas: reforma política e combate à corrupção; aprofundamento dos mecanismos de democracia participativa e direta; políticas de ação afirmativa; políticas de segurança pública e relações entre público e privado. Também serão abordados temas de caráter mais geral, como fundamentalismo e direitos humanos num mundo em transição: da economia de mercado para a sociedade de mercado.