Causa gay foi defendida em marcha
Vermelho, laranja, amarelo, verde, azul e roxo coloriram boa parte da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) ontem à tarde, na marcha organizada pelo grupo Leões do Norte para o II Fórum Social Brasileiro, que acontece na capital Pernambucana durante os dias 21, 22 e 23 de abril. Segundo participantes, a intenção da caminhada é unir sociedade civil organizada em torno do tema da defesa dos direitos dos gays, lésbicas, bissexuais e transgêneros (GLBT). “É preciso que aconteçam manifestações desse tipo, porque infelizmente ainda é preciso chamar a atenção para a causa e lutar por ela, já que direitos humanos básicos como o da livre expressão afetiva ainda são negados aos homossexuais”, afirma Manuela Gouvêia, que participava pela primeira vez de uma caminhada do tipo.
A marcha acontecia simultaneamente a duas áreas de diálogos com a mesma temática. Enquanto uma discutia “a invisibilidade e o ganha-pão: o direito das mulheres lésbicas e sua atuação política”, a outra falava a respeito da necessidade histórica da liberdade de orientação e expressão sexual. Já a caminhada acontecia como algo “descontraído e político”, segundo análise de Ricardo Moura que, embora não sendo homossexual, acompanhou toda a marcha. Depois do percurso os manifestantes pararam em frente ao lago da UFPE. Lá, o palco montado para os shows que serial realizados à noite, serviu para que as lideranças homossexuais pudessem se expressar. Nos discursos outras bandeiras como a união civil e adoção de crianças por casais homossexuais foram defendidas. Mais de 300 pessoas ouviam, tiravam fotos e registravam em vídeo a manifestação. No final dos discursos, convocações: “beijem à vontade, não tenham vergonha” e “amar não é crime, então amem”.