Um novo olhar

Ao encontrar crianças pelo Fórum nos perguntamos: “qual é, realmente, a importância da integração destas no despertar para educação?” Não só no contesto da palavra mas, também, na amplitude de valores de futuros cidadãos, que façam exercer a cidadania acrescentando valores e não usando a mesma política de massificação presente em nossa sociedade.

Pensa-se em um futuro onde esses cidadãos tenham liberdade e acesso à mídia. Onde seja possível publicar material com e de qualidade, com todos os recursos necessários e incentivos a que se tem direito.

Muito alunos das redes particulares e de várias instituições, incluindo algumas escolas públicas, ainda estão alienados na política de massificação e não perceberam a verdadeira importância de debates temáticos, e a grandiosa oportunidade de se debater tais temas em um Fórum Mundial.

Isto na verdade, nos faz questionar mais uma questão em relação ao atual sistema de ensino: “quais os interesses em permanecer com esses profissionais alienados?”.

Esses profissionais, de alguma forma, serão ou empregarão essa política doente de alienação, “da não consciência” elitista. Na maioria das vezes sendo imperceptível ao seu próprio olhar!

Voltar o olhar só para a educação das escolas públicas durante as atividades do Fórum é preocupante. É necessário ampliar a discussão do ensino no sentido de criar alternativas de acesso à informação, pois o profissional sem conhecimento e desinformado sobre causas sociais, raciais, sobre as lutas dos afro-brasileiros, dos quilombolas e todas as políticas públicas, e com menor interesse em diminuir as desigualdades raciais, poderá ser o professor ou o próprio “feitor” de negros e, também, de brancos.

O público infanto-juvenil precisa se rebelar! Para que tenha a possibilidade de se tornar um cidadão realmente livre e com seus direitos assegurados.

“Uma das questões centrais com que temos de lidar é a promoção de posturas rebeldes em posturas revolucionárias que nos engajam no processo radical de transformação do mundo. A rebeldia é o ponto de partida indispensável, é deflagração da justa ira, mas não é o suficiente. A rebeldia enquanto denúncia precisa se alongar até uma posição mais radical e crítica, a revolucionária, fundamentalmente anunciadora. A mudança do mundo implica a dialetização entre a denúncia da situação desumanizante e o anúncio de sua superação; no fundo, o nosso sonho”. (Paulo Freire)

Paulo Freire Vive! Hoje faz dez anos que se foi…

Imagem-Denise_Gabriela_165-peq.jpg

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *