As situações de discriminação de homossexuais são muito comuns mais comuns no cotidiano escolar de crianças e adolescentes do que se imagina. Brincadeiras do tipo xingar a um amigo de “veadinho”, por exemplo, estão quase que incorporadas à nossa cultura.
Contribuir para a transformação desse cenário é o objetivo do Curso de Formação de Educadores/as em Gênero, Sexualidade e Relações Étnico-raciais, uma parceria do Ministério da Educação com a Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial e a Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres. Também apóiam a iniciativa o Centro Latino-americano em sexualidade e direitos humanos da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) e o Conselho Britânico.
Embora seja uma iniciativa conjunta, a idéia do curso já fazia parte das ações planejadas na área de educação para o Brasil sem Homofobia – Programa de combate à violência e discriminação contra GLTB e Promoção da Cidadania Homossexual. Lançado em 2004, é gerido pela Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (SECAD), que é o órgão do governo federal que trata mais diretamente das questões de orientação sexual.
O tema foi apresentado por Maria Eliza Brandt, assessora da SECAD, em oficina do FME ocorrida na tarde de hoje. Ela explicou que o curso é inovador porque será ministrado em regime semi-presencial, envolvendo ferramentas de educação à distância.
A iniciativa, que inicialmente trata-se de um projeto piloto, envolverá 1,2 mil profissionais da educação em 6 municípios brasileiros: Dourados (MT), Maringá (PR), Nova Iguaçú e Niterói (RJ), Porto Velho (RO) e Salvador (BA). As aulas serão iniciadas no mês de junho e a carga horária total será de 200 horas, distribuídas em 10 horas semanais.