O que é a Ciranda
A Ciranda nasce em 2001 como iniciativa colaborativa entre mídias e articulistas independentes. É um conceito surgido no primeiro FSM, como a primeira proposta de “comunicação compartilhada”, e um lugar de convivência e ação entre jornalistas e comunicadores/as sociais que participam do universo do Fórum. Desde então tem sido espaço de diálogo comum e estimulador de novas experiências compartilhadas.
A plataforma Ciranda publica conteúdos sobre o FSM e seus movimentos de modo contínuo e indica que essa convivência e intercâmbio se mantém vivos e dinâmicos. Um trabalho de gestão aberto e permanente contribui para animar a participação e atualizar essa plataforma, indicando que há compromisso coletivo em mantê-la funcionando de modo constante
Representando essa rede gestora, a Ciranda tornou-se parte integrante do Conselho Internacional do Fórum Social Mundial, para contribuir e dialogar com demais organizações do CI sobre a construção de uma política de comunicação do ponto de vista de participantes dos movimentos de comunicação, das mídias alternativas e comunicadores/sociais (além de jornalistas, inclui pessoas que atuam em blogs, redes, movimentos culturais e de software livre). Também contribui para a Comissão de Comunicação Internacional do FSM.
Dedicada a zelar pelos princípios e continuidade da Ciranda surgiu no Brasil, em 2009, a organização Compas – Associação Internacional de Comunicação Compartilhada, cuja missão é apoiar e encaminhar demandas apontadas nos encontros da Ciranda (pelo menos 1 a cada edição do FSM) junto a outras parcerias. Participam da gestão solidária, viabilizando apoio logístico e respondendo pela Ciranda em parcerias pontuais instituições como Instituto Paulo Freire. Agência Editorial Arquimedia e Casa Lilith, no Brasil.
As demandas atuais são: dotar a plataforma Ciranda de novos recursos de comunicação compatíveis com facilidades multimidia para a rede, ampliar o acolhimento à participação das rádios comunitárias, internacionalizar conteúdos, intensificar a mobilização solidária para tradução do que é produzido. Escolha sua área de contribuição e participe!
A Ciranda se impõe restrições e critérios bastante rigorosos quanto à aceitação de apoio, recursos ou patrocínios, uma vez que deve manter sua característica de plataforma não mercadológica e não subordinada à condicionamentos impostos por financiadores que se sobreponham àqueles próprios do FSM. Por isso, o apoio à Ciranda será bem-vindo quando não vinculado a negócios corporativos e que se dê em reconhecimento ou estímulo à difusão do conceito e práticas de comunicação compartilhada.
A Ciranda Brasil
A Ciranda inspirou no Brasil outras iniciativas compartilhadas, algumas incorporadas à sua plataforma como a Ciranda Brasil, e dentro destas a Ciranda Afro-brasileira e a Feminista.
Com vida independente, porém compartilhada com a construção da Ciranda Internacional, esta iniciativa é igualmente formada por ativistas de movimentos e organizações sociais, especialmente movimento negro, feminista, de comunicação e solidariedade internacional. É associada a plataformas e iniciativas regionais dedicadas à comunicação compartilhada, sendo a mais recente construção parceira o Laboratório Pan-Amazônico de Comunicação Compartilhada, ligado ao Fórum Social Pan-Amazônico.