Vitória, de J. Conrad, obra prima do romance psicológico, inspirada em Dostoievski

“Clarividência ou não, os homens amam seu cativeiro. À conhecida força da negação eles preferem o leito miseravelmente desfeito de sua servidão”.
“Vitória”, ou “A arte é a verdade que emociona”, comentou o poeta Ferreira Gullar.
“Vitória”, obra-prima do romance psicológico. A história, embora contada em tom comedido, sem alarde, requer certa analise literária para que se possa desfrutar de toda a extensão de um trabalho impecável, ao qual Jack London se refere como “um dos porquês de se estar vivo para ler”.
Conrad formata o sueco Heyst nos mesmos moldes com que Dostoievski criara o Príncipe Michkin de “O Idiota”, mas já dentro da perspectiva da complexidade do homem moderno.
“Vitória”, enfim, é a vitória da Alma, de Magdalena, da vida que se entrega à morte pela Vida.
Em 1924, ano de sua morte, o autor “por coerência”, recusou-se a aceitar o grau de “Cavaleiro do Império Britânico”, numa forma clara de protesto contra as políticas colonialistas imperiais.

Carlos Russo Jr.

Convidamos à leitura de nosso ensaio em:https://www.proust.com.br/post/vit%C3%B3ria-uma-obra-prima-do-romance-psicol%C3%B3gico-j-conrad

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *