Da viagem ao Xingu, não consigo me esquecer da emoção que extravasei ao andar de barco, principalmente na volta, que durou 5h, pelo rio Kurisevo (no dia 3), com seu tom esverdeado (que me lembrou o Tapajós) e o vento batendo ao rosto. Tive a sensação de conversar com Deus e realmente me emocionei…As lágrimas vinham sem querer, além da vontade de agradecer. Só os sons dos pássaros ecoavam naquele cenário de águas sinuosas, ora com floresta densa às margens, ora com imensas árvores caídas.
A vivência de praticamente três dias, na aldeia Aweti, me fez rever alguns conceitos tão desgastados que tenho na vida urbana. Ao conhecer uma anciã indígena de mais de 90 anos, debilitada, deitada na rede, em uma das grandes ocas, me deparei ao mesmo tempo com a fragilidade e a força dessa mulher. Longe de tudo…, mas talvez, com uma essência mais próxima do caminho do meio…
Hoje (5) Saí de Gaúcha do Norte – MT, às 4h30 (hor local, -1h de Brasília) e cheguei em Canarana-MT, 5h dep.O Cerrado é um dos retratos mais interessantes do mosaico brasileiro, em q nos deparamos com rodovias não-pavimentadas em extensões de quilômetros, terras e terras com agricultura extensiva, gado, vegetação menos …densa, estiagem, poeira.E com pessoas humildes encantadoras, que nos deixam à vontade num proseado.
Esses são alguns dos flashs que estou narrando dessa experiência.
Fonte: Blog Cidadãos do Mundo – jornalista Sucena Shkrada Resk – www.twitter.com/SucenaSResk