Juntamente com “O Homem do Subterrâneo”, este constitui o mais desruptivo dos contos do grande perscrutador do inconsciente humano.
“Nesse momento você tem em mãos o relato de alguém que ansiou por seu próprio fim. Não me lastime e não se espante, assim como tão pouco me inveje, pois fiz por merecê-lo após tanta estultice, desencanto e muita labuta”.
E todo um sonho é descrito, um sonho de alguém que em tudo já descria, inclusive em si próprio.
“E, foi aí que eu acordei…
Ao despertar ainda com a última frase nos ouvidos, decidi sentar-me e escrever essa longa carta, na esperança de que seja lida por pelo menos um leitor: você mesmo!
Esse é o resultado de meu trabalho, um único testamento! ”
E conclui: “Creia-me, leitor, desejo boa sorte para você que teve a paciência de ler minha última carta e ainda teima em seguir vivendo! ”
Dostoievski busca leitores capazes de vivenciarem as paixões que chegam até eles pela literatura. E estes, ao descobrirem-no, sentirão que os romances do grande escritor russo agem de uma maneira hipnotizadora sobre si próprios.
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Carlos Russo Jr
Anexo: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/8/8d/Johann_Heinrich_F%C3%BCssli_053.jpg/220px-Johann_Heinrich_F%C3%BCssli_053.jpg