A resistência ao golpe que afastou do governo hondurenho o presidente Manuel Zelaya deve ganhar novo espaço na agenda brasileira devido a duas iniciativas que se reforçam.
Uma delas é o chamado, para dia 11, terça-feira, de uma Dia de Ação Global contra o golpe, pela volta de Zelaya ao poder e pela convocação de um processo constituinte em Honduras. A iniciativa é da Via Campesina, para coincidir com a chegada da marcha nacional da resistência hondurenha a Tegucigalpa y San Pedro Sula.
A iniciativa busca estimular e dar visibilidade simultânea a mobilizações, atos políticos e culturais, açoes de pressão e todo tipo de atividade que contribua para derrotar o golpe militar.
O outro fato previsto para a semana mas sem data confirmada é um encontro entre Zelaya e Lula que forçará a imprensa brasileira e internacional a dar novo espaço noticioso para o descontentamento dos governos da região com a situação hondurenha, o apoio destes ao retorno de Zelaya ao poder, e a ilegitimidade do governo golpista.
No último dia 4, o presidente hondurenho afastado do governo pelo golpe esteve no México e confirmou que atenderá ao convite do presidente Lula e virá ao Brasil. A Agência Reuters disse ter obtido de fonte do governo brasileiro a informação de que essa visita ocorrerá no dia 12 de agosto, quarta-feira, um dia após o ápice da marcha em Honduras e as manifestações provocadas pelo chamado da Via Campesina Internacional.