Mesmo com o frio intenso dos últimos dias, o delegado sindical e metalúrgico da Renault, Robson Viera, o Jamaica, continua mobilizado e acampado em frente a montadora, em São José dos Pinhais. O ato de repudio contra a tentativa da empresa em querer coibir a atuação das lideranças sindicais e representantes dos trabalhadores completou 41 dias.
O término do protesto só irá ocorrer quando a montadora rever a situação de Jamaica. Ele teve o seu contrato de trabalho suspenso após reclamar que a Renault estava descumprindo a NR-11, que estabelece a qualificação dos funcionários para determinadas funções.
1ª audiência será dia 27
No entanto, um possível retorno da Renault poderá ser dado no próximo dia 27, data da 1ª audiência entre Sindicato e empresa a ser realizada às 13h30 na 2ª Vara do Trabalho de São José dos Pinhais.
Enquanto a data não chega, o delegado sindical continua recebendo apoio de metalúrgicos e do Comitê de Grupo Renault, organismo internacional que representa todos os trabalhadores da montadora. Este ultimo, alias, pretende enviar uma delegação para a audiência do dia 27 de julho.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba, Sérgio Butka, essa atitude da montadora é um ataque não somente aos trabalhadores mas também à legislação brasileira, que reconhece o direito dos trabalhadores em se organizarem de forma democrática e participativa. Exigimos que a empresa respeite o trabalhador e a legislação e pare com as perseguições?
Retaliação e demissões
De acordo com Jamaica, alguns trabalhadores da montadora já sofreram retaliações por organizarem um abaixo assinado solicitando o retorno do delegado sindical. Além da pressão no chão de fábrica, foram registradas também 100 demissões no último mês de junho.
Com informações de Célio Padilha