Pontos de Cultura visitam banco comunitário de Fortaleza

Na época eram cinco pessoas que estavam à frente da Associação dos Moradores do Conjunto Palmeira. Foram estas pessoas que sistematizaram a criação do banco. O Conjunto Palmeira era uma grande favela. Durante 25 anos, a Associação de Moradores organizou multirões comunitários e urbanizou o bairro. Construiu um canal de drenagem, redes de esgoto, pavimentou as ruas, construiu praças, creches comunitárias e outros serviços.

O Banco Palmas foi inaugurado no dia 20 de janeiro de 1998, na sede da Associação dos Moradores do Conjunto Palmeira. No inicio houve muita incompreensão, o banco chegou a ser processado pelo Banco Central. Hoje o BC já se coloca como parceiro dos bancos comunitários e apoia as moedas sociais.

Em 18 de novembro de 2009 foi assinado um termo de parceria entre o BC e o Ministério do Trabalho (SENAES) para criar um marco regulatório para o seguimento dos bancos comunitários e das moedas sociais.

Como funciona a moeda social Palmas?

A moeda é indexada ao real (1 palma vale 1 real) e lastreada na moeda nacional. Ou seja, a quantidade de Palmas que temos circulando corresponde a uma quantidade em de reais que temos “guardado”. 240 empreendimentos (produção, comércios e serviços) do bairro aceitam a moeda e dão descontos de 5% a 10% para quem compra com a moeda local.

Os emprendimentos cadastrados podem fazer câmbio (a troca de palmas por reais), na sede do Banco Palmas, caso necessitem de moeda nacional para reabastecerem seus estoques.

Vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=Cz_Xs1BnMI8&feature=player_embedded

Por: Valentino Kmentt e Maximiliano Leguiza (cobertura colaborativa da Teia 2010)