Enquanto preparam uma paralisação de 72 horas a partir da próxima quarta-feira (30), os petroleiros promovem atrasos e cortes de rendição nas quatro refinarias e fábricas de fertilizantes: Rlam (BA), Abreu e Lima (PE), Repar (PR), Refap (RS), Araucária Nitrogenados (PR) e Fafen Bahia.
A mobilização é liderada pela Federação Única dos Petroleiros (FUP) que, em nota, informou que a paralisação dos petroleiros pretende pressionar o governo federal a reduzir os preços do gás de cozinha e dos combustíveis e que também é uma manifestação contra a proposta de privatização da Petrobras e a gestão do presidente da empresa, Pedro Parente.
“A greve de advertência é mais uma etapa das mobilizações que os petroleiros vêm fazendo na construção de uma greve por tempo indeterminado, que foi aprovada nacionalmente pela categoria”, diz o comunicado da FUP.
Engenheiros da Petrobras
A Associação dos Engenheiros da Petrobras (Aepet) publicou nota defendendo mudanças na atual política de preços da empresa. “A Petrobras é uma estatal e existe para contribuir com o desenvolvimento do País e para abastecer nosso mercado aos menores custos possíveis”, diz nota.
A entidade critica a distorção do noticiário e para a perda de mercado interno para importadores desde que a nova política de preços foi adotada, em outubro de 2016.
“Diante da greve dos caminhoneiros assistimos, lemos e ouvimos, repetidamente na “grande mídia”, a falácia de que a mudança da política de preços da Petrobrás ameaçaria sua capacidade empresarial. Esclarecemos à sociedade que a mudança na política de preços, com a redução dos preços no mercado interno, tem o potencial de melhorar o desempenho corporativo, ou de ser neutra, caso a redução dos preços nas refinarias seja significativa, na medida em que a Petrobrás pode recuperar o mercado entregue aos concorrentes por meio da atual política de preços. Além da recuperação do mercado perdido, o tamanho do mercado tende a se expandir porque a demanda se aquece com preços mais baixos”.
Redação FNE com agências