Papa João, precursor de Francisco, um Cristão no Trono de São Pedro

“Esse Papa era um verdadeiro cristão! Como podia ser isso? ” Exclamou um funcionário do Vaticano, logo após a morte de João XXIII, em 1963. “E como aconteceu que um verdadeiro cristão se sentasse no trono de São Pedro? Ninguém tinha consciência de quem ele era? ”
Em 1958, após a morte de Pio XII, um Papa que se alinhara aos acobertadores das barbáries do nazi fascismo em seu pontificado, Giuseppe Roncali foi eleito Sumo Pontífice.
Não é difícil entender a relutância da Igreja, no século passado, em indicar para altos cargos aqueles poucos cuja única ambição era imitar Jesus de Nazaré, tal qual nosso atual Papa Francisco!
A carreira eclesiástica do futuro Papa principiou em 1925. Em 1935, foi transferido para a Delegação Apostólica em Istambul. Durante a guerra impediu que o governo turco embarcasse para a Alemanha algumas centenas de crianças judias que haviam escapado à Europa ocupada pelos nazistas.
Em 1941 foi abordado pelo embaixador alemão, Franz von Papen, que lhe pediu que usasse sua influência em Roma para obter um franco apoio do papa à Alemanha. “E o que vou dizer sobre os milhões de judeus que seus conterrâneos estão assassinando na Polônia e na Alemanha? ” Isso foi quando o grande massacre mal começara!
O Papa João sempre demostrou total independência, um verdadeiro desapego às coisas deste mundo, assim como uma magnífica liberdade em relação a preconceitos e convenções.
Quando idealizou, um ano antes de sua morte, o Concílio Vaticano II, João XXIII o fez “como um «novo Pentecostes» , “como um movimento evangélico dinâmico […]; e uma conversa aberta entre os bispos de todo o mundo sobre como renovar o Catolicismo como estilo de vida inevitável e vital”.
Fruto do Concílio Vaticano II, surgiu “A Teologia da Libertação”, uma corrente teológica cristã nascida na América Latina, que parte da premissa de que o Evangelho exige a opção preferencial pelos pobres e especifica que a teologia, para concretizar essa opção, deve usar também as ciências humanas e sociais.

Carlos Russo Jr.

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