Já no segundo mês após o Golpe Militar, os militares e seus parceiros civis, prepararam um dos maiores estelionatos de nossa história, sob a inspiração do malandro- magnata Assis Chateaubriand. “Chatô” era, então, o maior expoente da mídia, dono de uma cadeia de canais de televisões, jornais e rádios. E comandava a edição diária do programa jornalístico de maior audiência, “O Repórter Esso”, sob o patrocínio e orientação da Standart Oil Co.
Chatô em conluio como o governador Ademar de Barros, com o General Comandante do II Exército, Amauri Kruel e com a colaboração de economistas como Delfim Neto, prepararam um dos maiores estelionatos de nossa história! A campanha Ouro para o Bem do Brasil!
Em São Paulo, o endereço de arrecadação era o dos Diários Associados, de Assis Chateaubriand! Em cada local de arrecadação, havia três cofres para recebê-las. Um destinado ao dinheiro em espécie, outro para cheques e o terceiro para os objetos de ouro.
Milhões de brasileiros entregaram alianças, correntes, pulseiras, brincos, salários, dólares, não apenas em São Paulo, mas em todo o Brasil. Aos doadores, uma aliança de latão com os dizeres “Dei ouro para o bem do Brasil”.
Sem nenhum tipo de auditoria ou controle independente, cálculos da época assinalavam uma arrecadação de U$ 30 milhões em valores e 4 mil quilos de ouro! Isto, tendo como fonte os próprios arrecadadores!
Mesmo considerando-se estes valores, a maior parte do dito SIMPLESMENTE DESAPARECEU! Jamais um só grama daquele ouro entrou para o Tesouro Nacional!
Mas uma pequena parcela do mistério foi desvendada de forma absolutamente inusitada: o cofre do misterioso “Dr. Rui”, a amante do Governador de São Paulo, continha parte do estelionato! E no dia 18 de julho de 1969, cinco anos após a campanha, ocorreu um dos mais ousados e inesperados roubos da história do Brasil, realizado por jovens idealistas de até 22 anos de idade!
Carlos Russo Jr.
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