O Brasil tem hoje 50 mil engenheiros desempregados e cinco mil obras paradas. Esses números refletem o colapso do setor de infraestrutura, em decorrência de dois fatores: a Lava Jato e o marasmo do governo Temer.
“Em vez de punir quem cometeu corrupção, destruíram as empresas”, disse Murilo Pinheiro, presidente licenciado da Federação Nacional dos Engenheiros, em entrevista à TV 247.
Ele afirma que para cada profissional do setor sem emprego existem pelo menos outras 30 pessoas inativas – o que equivale a 1,5 milhão de pessoas. “É o maior desperdício que uma sociedade pode cometer”.
Murilo também avalia a privatização da Eletrobrás como um desastre para o País, que aumentará tarifas, colocará em risco novos investimentos e atrairá empresas estrangeiras para um setor que toca na soberania nacional. “Se vierem as empresas de fora, o engenheiro brasileiro ficará de fora”, afirma.
Na entrevista, ele também conta como o PAC nasceu a partir de uma proposta do setor e diz que a obra mais cara para um país é a obra parada.
3 de setembro de 2017 - 22:39