Mutirão por um novo Brasil

Entre os principais tópicos apontados como desafios no documento final elaborado por várias organizações civis que participaram da 4ª Semana Social Brasileira da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), estão A crise que atinge o Estado brasileiro e suas instituições, as grandes questões que afetam a soberania nacional, a crise civilizatória e de sustentabilidade provocadas pelo atual modelo de desenvolvimento e a precarização do trabalho. O evento aconteceu em Brasília e foi encerrado ontem (19) em clima de muita esperança e resistência por parte de centenas de representantes de Igrejas, pastorais e movimentos sociais de diversos estados brasileiros.

A 4ª Semana Social Brasileira, promovida pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, CNBB, em parceria com outras Igrejas Cristãs e movimentos sociais, foi um longo processo iniciado em 2004 e que envolveu Igrejas e movimentos em todo o país em mais de 200 atividades e agora se encerra. A 4ª Semana se propunha ser um grande Mutirão por um novo Brasil e articular as forças vivas da nação. Dentro desta proposta, os participantes do evento avaliaram que a articulação das forças sociais é essencial e para que esse processo seja concretizado.

Para isso, o documento propõe: apostar no processo da Assembléia Popular – Mutirão por um novo Brasil, como instrumento dinamizador de causas comuns a serem assumidas em conjunto, em âmbito nacional, regional e local; fortalecer os fóruns que aglutinam pastorais ou movimentos afins (Fórum das Pastorais Sociais, Fórum da Reforma Agrária, e outros); trabalhar em redes, socializando causas, metodologias ou iniciativas, para fortalecer o processo que nos une com outras instâncias que visam o mesmo objetivo da construção do país que queremos; valorizar a comunicação alternativa para diminuir a influência negativa dos grandes meios de comunicação e fortalecer uma comunicação eficaz e democrática entre os atores sociais populares; dar atenção a todo tipo de novos atores sociais que vão surgindo.

O documento também trata de como será possível fortalecer a formação de novos atores sociais. De acordo com comunicado, será necessário empreender um esforço especial de levar às bases os temas debatidos em nível nacional ou regional; apostar na formação de novas lideranças; dar atenção especial para as juventudes urbanas; incentivar escolas de formação política, com metodologia popular, abertas à participação de todos; e socializar experiências positivas.

Para uma agenda de articulação nacional já estão previstos algumas atividades. Uma delas será o plebiscito que trata da anulação do leilão da companhia Vale do Rio Doce, privatizada em maio de 1997, durante o governo de Fernando Henrique Cardoso. As outras serão campanhas nacionais como a Campanha da Fraternidade, Campanha pela Auditoria Cidadã da Dívida, Campanha de Valorização do Salário Mínimo, entre outras.

O documento final, na íntegra, pode ser acessado no link:

http://www.cnbb.org.br/index.php?op=noticia&subop=13393

Foto: arquivos Semana Social 2004

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *